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Ex-Sedentário - José Guimarães

A motivação também se treina!

Seg | 31.12.12

Retrospetiva 2012 e antecipação 2013

José Guimarães
  Claro que tinha que escrever este post. Tinha porque hoje é o último dia do ano. E 2012 foi bem recheado. Tanto que, quando me recordo de alguns acontecimentos do início do ano, parece que já aconteceram há tanto, mas tanto tempo... parece que não fazem parte de 2012, mas sim de algum ano de mil novecentos e qualquer coisa. Mas não. Foram acontecimentos que se passaram todos há menos de 1 ano. E antes que comece 2013, recordo aqui alguns desses momentos. dorsais-desedentarioamaratonista 2012 foi, para mim, um ano cheio de desafios, uns superados, outros nem por isso. Somos seres humanos, logo estamos sujeitos às imperfeições do costume: ora acertamos, ora erramos. Ora conseguimos, ora temos que tentar vezes sem conta até "lá" chegar. Mas que tentemos sempre. Essa, a vontade de fazer, não pode falhar.

O trail running e as ultra-maratonas

2012 foi o ano em que experimentei e consagrei o trail running (e as ultra-maratonas) como um dos meus desportos de eleição. Depois de alcançados os primeiros objetivos de corrida (de estrada) em 2011 e de ter terminado esse ano a experimentar essa coisa de correr nas montanhas (no primeiro Trail da Serra D'Arga e depois nos Amigos da Montanha), comecei 2012 com o meu primeiro ultra-trail à séria (leia-se, 45 km com equipamento adequado): um saudoso Trilho dos Abutres (que virá fazer novamente as delícias dos praticantes desta modalidade já no dia 26 de Janeiro de 2013), prova onde conheci o Daniel Júnior, um amigo para sempre, que está a fazer crescer o trail running no Brasil. Depois 2012 foi também o ano de uma lesão no tendão de Aquiles, foi o ano dos treinos com a unida equipa RB Running, da atleta Rita Borralho, onde fiz algumas intemporais amizades. Foi o ano de Almourol e de Sesimbra (que corri sempre na companhia do amigo e grande "trailista" Luís Trindade). Foi o ano onde experimentei correr pela primeira vez à noite, no AX Trail e foi o ano onde também experimentei pela primeira vez um (mini) triatlo. Falando em experimentações, também experimentei organizar corridas pela primeira vez no Mega Free Trail Running: dois dias em que se reuniram muitos amantes do desporto ao ar livre, onde pudemos contribuir para tornar o dia-a-dia da Creacil um pouco melhor. Também experimentei o que é ficar a meio da minha primeira tentativa de correr 100 km, em São Mamede, objetivo que ficou adiado aos 60 km por causa de uma lesão mal curada num joelho. Provei por um lado esse "gosto amargo" da palavra desistir, mas também o apoio caloroso dos amigos e o poder comprovado da força de vontade e do companheirismo incondicional, pela conquista daquela marca de 3 dígitos pelo grande amigo Pedro Quina. Experimentei ainda (e gostei) a tão famosa Serra da Freita e corri do Alentejo a Lisboa, na I Ultra Maratona de Portugal ProRunner, na companhia do Ultraman António Nascimento, hoje o meu treinador. O ano ficou ainda marcado na minha memória (e nas pernas) pelos 166 km corridos em Espanha, no Última Frontera Trail, logo seguidos dos 85 km duríssimos do UTAX, na serra da Lousã. No final de 2012 assistiu-se também ao aparecimento da Associação de Trail Running de Portugal, organismo pelo qual há muito se aguardava e que irá certamente fazer com que a modalidade de trail running no nosso país tenha o crescimento e divulgação que tanto merece.

Antecipando 2013

E assim termino 2012 com alguma antecipação para o ano que vem. Antecipação sim, para correr. E correr mais (ou se não mais, pelo menos mais duro). Com as últimas provas de 2012, conquisto os pontos necessários para deixar este ano com uma pré-inscrição feita para o UTMB 2013. Se tiver sorte no sorteio de Janeiro, terei que planear bem o ano até ao dia 30 de Agosto. Caso não tenha sorte, adia-se este objetivo por 1 ano e coloca-se a fasquia noutro patamar. E como algumas pessoas já sabem, ando a pensar num Ironman. Sim, porque não? A participação no Lisboa International Triathlon em Maio já me acena com o desafio de cumprir planos de treinos exigentes, melhorar a natação, arranjar uma bicicleta para treinar... mas para já não vou pensar muito nisto. Esta noite vou comemorar. Vou agarrar no melhor de 2012 (do desporto e não só) e trazer tudo comigo para 2013, para aprender com as adversidades, aproveitar as oportunidades (ou criá-las) e tornar este novo ano num caminho cheio de desafios e de provas a superar. Caminho até onde? Nem eu sei. Mas sei que se um dia decidi deixar de ser Sedentário para ser Maratonista, tão cedo não vou parar. Bom início de ano para todos e não deixem de sonhar bem alto, colocar e perseguir sempre as vossas metas. Eu vou fazer o mesmo e assim nos vamos mantendo mutuamente inspirados! E obrigado por tudo.
Qui | 27.12.12

10 dicas para desintoxicar o organismo depois do Natal

José Guimarães
  É sempre assim! Primeiro vêm os abusos, a conquista do bacalhau, do perú, da mesa cheia de doces e sobremesas que nunca mais acabam. Depois é o regresso à realidade: um corpo que parece não querer desenvolver, inchado, pesado! Para combater esta sensação e dar um novo arranque ao metabolismo, aqui ficam 10 dicas preciosas que vou começar a usar com alguma frequência para desintoxicar o organismo dos abusos do Natal. pepino-aloe-detox-bebida

Começar logo de manhã

Se o exagero foi palavra de ordem neste Natal, o mais provável é que não se sintam na melhor forma de sempre. Comecem desde já da forma mais correta, com uma bebida logo após o levantar para ajudar a regular a digestão e aliviar alguma sensação de barriga inchada. Um copo de água de côco ou água com sementes de chia ajuda a este propósito e é muito fácil e rápido de ter logo à mão mal acabamos de acordar.

Um bom pequeno almoço

As primeiras refeições pós-natalícias deverão ser energizantes e cheias de ingredientes com propriedades desintoxicantes, que nos permitam sentir no nosso melhor. Experimentem a fruta e flocos de aveia, já que estas famílias de alimentos ajudam a eliminar as toxinas do nosso corpo.

Aditivos na água?

Beber água sempre foi uma das melhores formas de ir desintoxicando o organismo ao logo do dia, mas podemos somar alguns benefícios, simplesmente colocando alguns ingredientes refrescantes dentro da garrafa de água, aquela que devemos ir bebendo ao longo do dia. Limão, menta, pepino ou gengibre são bons ingredientes para potenciar as propriedades desintoxicantes da água.

Cortem no açúcar, sal e gorduras

Batatas, perú com aquela pele estaladiça, arroz doce, repetição do arroz doce, rabanadas, cafés e mais cafés... a época do Natal representa, para muitos, um abuso de gorduras, sal e açúcar. Depois disto temos que fazer "reset" ao nosso organismo e às papilas gustativas, ingerindo o máximo possível de frutas frescas e vegetais, eliminando a ingestão de gorduras.

Apostem nos vegetais

Think fresh produce when you think detox. Go for leafy dark greens, beets, and pomegranate to help you flush out your system. This celery, spinach, and beet juice is a perfect way to detox; if you don't have a juicer, then make this detox apple cabbage saladfor lunch.

Uma pausa para o chá

Uma chávena de chá faz muito bem ao organismo. Melhor ainda se adicionarmos limão, pois ajuda a alcalinizar e a eliminar toxinas. Experimentem fazer uma pequena pausa durante a tarde e tomar um chá, de preferência um chá verde.

Experimentem o Yoga

Uma atividade como o Yoga (ou semelhante) ajuda a soltar o corpo e a aumentar o batimento cardíaco, por forma a libertar toxinas. Usem este tipo de atividades para re-energizar e desintoxicar.

Desintoxicar com as sobras

É difícil resistir a algumas sobras, mas se estivermos a tentar voltar à forma anterior, então será melhor deixar de lado algumas coisas (como aquelas sobremesas decadentes) para momentos muito ocasionais. Em vez disso, foquem-se somente nas sobras que tenham alimentos com propriedades desintoxicantes, como as couves de bruxelas ou outros tipos de vegetais, que normalmente fazem parte dos acompanhamentos de Natal.

Aligeirem as refeições

Regressem a um tipo de alimentação saudável, incorporando algumas sobras em refeições ligeiras. Por exemplo, façam uma boa salada com vegetais e adicionem alguns restos de peito de perú que tenha sobrado, ou algum tipo de feijão ou quinoa. Assim a salada sairá até mais rica, bem como a vossa saúde.

Andem a pé!

Se estão de férias ou andam nas compras atrasadas, então provavelmente já estão a seguir este conselho. Caso contrário, tirem algum tempo do vosso dia-a-dia para uma caminhada. Mesmo que seja só um passeio rápido à volta do bairro, um pouco de exercício e de ar fresco todos os dias irá ajudar o corpo a libertar-se das toxinas.   Fonte: FitSugar - Fitness, Health & Well Being
Qui | 27.12.12

Brigadeiros energéticos

José Guimarães
  receita-brigadeiros-desedentarioamaratonistaEsta é uma receita destinada a quem faz treinos prolongados e costuma levar consigo as típicas saquetas de gel energético ou barrinhas energéticas. Como sabemos, estes suplementos energéticos são essenciais para manter os níveis de energia estáveis, enquanto sofremos o desgaste normal em treinos de 1 hora, 2 horas ou mais. No entanto, dado o nível de "artificialidade" dos mesmos, esta receita pretende ser uma alternativa saudável, feita com ingredientes 100% naturais.

Ingredientes

  • 1 chávena de Amêndoas (previamente demolhadas em água por +/- 4 horas)
  • 1 chávena de figos secos
  • 2 colheres de sopa de pó de cacau 100% ou pó de alfarroba
  • 3 colheres sopa de adoçante natural (mel biológico, néctar de Ágave ou açúcar do côco)
  • 1 pitada de canela

Preparação da receita

Primeiro picam-se as amêndoas num robot de cozinha e quando estiverem finamente picadas juntam-se os figos. Depois de formar uma massa homogénea juntam-se os restantes ingredientes no robot de cozinha. Depois coloca-se a massa numa superfície limpa e com as mãos fazem-se as bolinhas. Por fim passem-nas por coco ralado. Nota: Se preferirem, podem substituir as amêndoas por nozes e os figos por tâmaras e em vez de fazerem o formato de brigadeiros, podem simplesmente optar por fazer barras e cortar aos pedaços, conforme der mais jeito para transportar.   Fonte: Amo Comiva Viva
Qui | 27.12.12

Receita para Abandono do Sedentarismo

José Guimarães
Quer começar a correr mas não sabe como? Aqui tem a receita ideal para se iniciar sem muito esforço. Para começar, basta muita vontade. Depois é só juntar os ingredientes e preparar a "receita" para começar o novo ano em grande. Ingredientes:
  • Ténis confortáveis
  • Vestuário fresco e adequado para caminhar/correr
  • Um local bom para caminhar
  • Um calendário/agenda
  • Você próprio e, se quiser, companhia
Modo de preparação:
  1. Inicie com uma caminhada de 10 minutos a um ritmo consistente. Depois alterne entre 30 segundos a correr e 1 minuto a andar. Repita pelo menos 3 dias por semana. Registe os dias em que pratica o exercício.
  2. Se seguir este programa de forma consistente, ou seja, pelo menos 3 dias por semana, poderá começar a correr continuamente entre 20 e 30 minutos na 4ª semana. Experimente, registe os dias e o que sentiu (cansaço nas pernas, fadiga ou falta de ar, etc).
  3. Ao início deve-se concentrar no tempo e não na intensidade. Quando conseguir correr continuamente durante 30 minutos, poderá começar a aumentar o ritmo. Registe os dias para ir vendo os progressos e surpreenda-se!
Qua | 26.12.12

Nem só de rabanadas e corridas se fez este Natal

José Guimarães
  Este foi um Natal diferente. Diferente para nós, que estamos habituados aos rituais da quadra natalícia, mas também para dois Seres a quem decidimos fazer a diferença este ano: este Natal decidimos convidar duas meninas de uma instituição a passar uns dias em família, usufruindo de tudo o que um Natal tem de bom para oferecer. Sim, comida e presentes à "fartazana", mas principalmente muito Amor e atenção, tudo aquilo que os "zigues" e "zagues" da vida se lembraram de lhes retirar. Tiveram tudo isto neste Natal. Se o nosso objetivo era fazer a diferença, por uns dias que fosse, espero que tenha sido atingido. Acho que sim. Seja como for, elas decerto conseguiram fazer a diferença em todos nós. Abriram-nos o olhar (muitas vezes anestesiado) para outras coisas que nem nos lembramos no decorrer dos nossos dias. A vida é feita de coisas bem mais importantes que uma carteira recheada. A esta hora as meninas já estão de volta à instituição onde vivem e onde aguardam quem um dia as queira adotar e proporcionar-lhes um futuro em condições. Eu hoje estou de volta aos treinos e volto a embrenhar-me nos meus deveres em frente ao computador. A rotina. Estarei de volta mas diferente. Talvez a sorrir perante a crise, perante os olhares problemáticos ou invejosos enquanto corro. Apetecia-me dizer a quem vive destas expectativas, a quem vive a relembrar a felicidade dos outros mas a esquecer-se da sua própria, para sorrir e serem felizes com o que têm. Porque tudo é tão relativo quando se sabe ser feliz com coisas básicas e simples. Como ajudar o próximo.

Sobre a felicidade...

beinspiring Acredito que o objetivo da nossa vida seja a busca da felicidade. Isso está claro. Seja através do desporto ou outra coisa qualquer, de uma religião ou crença, ou de simples ações como dar a mão, todos nós buscamos algo melhor na vida. Portanto, acho que a motivação da nossa vida deve ser mesmo a felicidade. Não só a nossa, mas também a dos outros. Sejam felizes!  
Qua | 26.12.12

Corridas, rabanadas e esta coisa da crise

José Guimarães
  rabanadasEste artigo deveria-se intitular "sem título", porque não se enquadra em nenhuma categoria de corridas. É que ontem foi dia de Natal. E ontem não corri. O meu último treino foi na 2ª feira (dia 24) de manhã. Fiz um treino de 15 km dentro de Lisboa e à noite empanturrei-me com um jantar cheio de sobremesas. Tantas que, depois das prendas à meia noite, o "remédio santo" foi um chá lá pelas 2h da madrugada, seguido de uma boa noite de descanso. Depois do almoço do dia de Natal também se seguiram coisas doces. E como não corri, parece que sinto o meu corpo mais "balofo", talvez à custa das rabanadas e de outras iguarias natalícias igualmente gulosas. Não lhes resisti. Mas nem lhes quis resistir. Fiz tudo aquilo que está escrito para não fazer no artigo do Nuno Caetano, no blog Correr por Prazer, viram? Se não viram, deviam ter visto. E assim sendo está mais do que decidido: amanhã de manhã vou transpirar, que isto assim não se aguenta...

Pensamentos enquanto se corre

Corria eu pelas ruas praticamente desertas da capital, bem cedo, nesta 2ª feira de manhã, véspera de Natal, naquela altura do dia em que a maior parte das pessoas que se vêem nas ruas habitam umas quantas pastelarias madrugadoras para beber o seu despertador chamado café. Nunca notaram como, por vezes, algumas pessoas vos olham enquanto passam a correr, principalmente se o fizerem a horas consideradas "impróprias" para qualquer tipo de atividade que não seja vegetar? Ora durante o meu percurso senti-me invadido mais do que uma vez por olhares estranhos à minha passagem. Estes olhares deixaram-me incomodado, pois carregavam dentro de si, ora uma espécie de melancolia miserável, ora de inveja e infelicidade. Seria por eu estar a correr com um ar saudável e satisfeito com a vida, enquanto eles vagueavam perdidos em pensamentos escondidos atrás das muitas nuvens de fumo do tabaco matinal. E sou capaz de garantir que alguns me "perguntavam" em câmara lenta coisas como: "porque é que são 7h30 e tu estás aí feliz, a correr... e eu não?", ou ainda o célebre "vai trabalhar malandro!!!". Juro que, por vezes, fizeram-me sentir que o meu papel deveria ser, não o de me sentir feliz por estar a fazer algo que gosto, mas em vez disso o de me remeter para uma existência cabisbaixa e sobrecarregada por problemas que, tal como a desses seres, se deixa absorver pelas notícias constantes sobre crise e austeridade. Não, desculpem, mas recuso-me! Como dizia o Miguel Esteves Cardoso, "A felicidade em Portugal é considerada uma espécie de loucura. Porquê? Porque os portugueses, quando vêem uma pessoa feliz, julgam que ela está a gozar com eles. Mais precisamente: com a miséria deles. Não lhes passa pela cabeça que se possa ser feliz sem ser à custa de alguém." E posto isto vesti um sorriso e continuei a correr até casa. E enquanto corria pensava no quão feliz fui nestes últimos tempos, principalmente depois da decisão de começar a correr, a praticar desporto à séria e a largar uma vida sem objetivos. Sim, eu sei que esta conversa dos objetivos é recorrente, mas vivo-a todos os dias. Aprendi imenso nestes quase 2 anos de corridas. Aprendi principalmente que é possível trazer do desporto para a vida do dia-a-dia inúmeras metáforas que me permitem superar obstáculos, típicos da falta de emprego ou de oportunidades. Para mim muito em particular, a corrida tem-me ajudado a focar a atenção naquilo que realmente importa na vida, a manter a sanidade mental em níveis aceitáveis, já para não falar num estado de saúde constantemente em alta, disponível para todo o tipo de exigências. A vida é feita de coisas bem mais importantes que uma carteira recheada, embora muito frequentemente nos esqueçamos disso. Querem experimentar um bocadinho desta fórmula que de mágica não tem nada? Saiam à rua e façam desporto! Corram, façam umas caminhadas. É bom e gratuito. É um convite!
Qua | 19.12.12

Passo a passo se caminha para um sonho

José Guimarães
Já por muitas vezes aqui disse que uma das coisas que não devemos nunca perder de vista são os nossos sonhos, ou seja, aquelas coisas que mais queremos fazer na vida. No dia em que colocamos uma data nesses sonhos, transformamo-los em objetivos. Neste momento o meu (sonho e objetivo) já tem uma data definida: 30 de Agosto de 2013... chama-se UTMB - Ultra Trail du Mont Blanc. utmbinscricao-desedentarioamaratonista Calma! Como diz a organização do UTMB: "Pas de stress!" A pré inscrição está feita e paga. Mas como isto de corridas mediáticas são, em bom português, "sete cães a um osso", agora há que esperar pelo sorteio. O funcionamento é o seguinte (corrijam-me, por favor, os mais experientes nestas andanças se por acaso eu disser algum disparate): As pré-inscrições decorrem entre 19 Dezembro de 2012 e 8 Janeiro de 2013. Para esta fase ser bem sucedida, será necessário antes de mais que o atleta se qualifique. Para se qualificar, será necessário ter 7 pontos conquistados em não mais que três provas, feitas entre 1 Janeiro de 2012 e 31 Dezembro de 2012. Cumpridos estes requisitos e completando o pré-registo (pagando igualmente os €50 iniciais), o atleta fica validado para ir a sorteio onde, com muita sorte (muita mesmo), poderá ser seleccionado para fazer a prova, pagando então o resto da inscrição. Caso não tenha sorte e não seja selecionado no sorteio, os €50 da pré-inscrição serão devolvidos e para a inscrição na prova de 2014 serão favorecidos com um quoficiente de 2 no sorteio, o que serve para duplicar as hipóteses de serem selecionados. Caso mesmo assim não tenham sorte, terão acesso a inscrição prioritária (sem necessidade de pré-inscrição) para o ano seguinte, desde que cumpram o requisito de obter os pontos necessários, de acordo com o regulamento do ano da sua inscrição. As minhas provas pontuáveis este ano foram: 4 pt(s) : 2012 - ULTIMAFRONTERA (160) (166km) : 27:59:11 General classification=13 3 pt(s) : 2012 - ULTRA TRAIL ALDEIAS DO XISTO (82km) : 16:38 General classification=76 (já vos disse que estes pontos me saíram do pêlo?!) 1 pt(s) : 2012 - GRANDE TRAIL SERRA D'ARGA (43km) : 06:21 General classification=51 Não esquecer no início do ano a 2ª Edição do fabuloso Trilho dos Abutres, que também pontuou com 1 ponto para o UTMB e que foi a minha primeira prova de trail running, naquela ultra-categoria que tanto gostamos. Agora resta aguardar pelo sorteio, cruzar os dedos, acender velinhas... e treinar, treinar muito! Porque se 2013 não for o ano do UTMB, então vai ser dedicado a um outro desafio bem interessante...  
Seg | 17.12.12

Nem só de corridas se faz um fim de semana

José Guimarães
Este foi um fim de semana diferente. Foi um fim de semana de treinos, claro. Mas também de convívio. E de partilha. E de trabalho. Tive direito a tudo! dualto academia hand2hand de sedentario a maratonistaDurante a semana convidaram-me para participar num evento. Um evento diferente: um duatlo no ginásio onde treino, que consistia em correr 10 km, seguidos de 20 km de bicicleta (indoor) e depois mais 5 km de corrida. Nem estava muito para aí virado, mas como era organizado pela Hand2Hand e pelas mãos experientes do António Nascimento e da Meire Cezário, resolvi dar uma vista de olhos na lista de inscritos (pelo sim, pelo não) e participar também. O resultado não foi bom... foi ótimo! Confesso que me custa muito (mesmo muito) sair de uma bicicleta (mesmo indoor) e recomeçar o processo de corrida. Aqueles 500m iniciais são terríveis, as pernas parecem dois troncos que teimam em continuar a rolar em círculos, em vez de se movimentarem decentemente e levar o corpo para a frente. Mas fez-se bem, os 5 km finais fizeram-se rápidos mesmo (sempre a ouvir a respiração do António atrás de mim). E fizeram-se novas amizades (é incrível os incontáveis amigos que a corrida já me trouxe), divertimo-nos imenso e ainda fizemos exercício físico de puxar o coração à boca! Estava feito o treino do dia. 55 gp natal restauradores, lisboa - de sedentário a maratonista 55 gp natal restauradores, lisboa - joão campos de sedentário a maratonista 55 gp natal restauradores, lisboa - de sedentário a maratonistaNo domingo a conversa foi novamente de corridas. Acontecia em Lisboa o 55º GP Natal, organizado pela Associação de Atletismo de Lisboa. Novamente não estava para ir, mas no duatlo o meu amigo João Campos lá me convenceu a aparecer e foi o que fiz. E ainda bem. Pois se a corrida é sempre o pretexto, finda a mesma o que resta é o reencontro com os amigos, umas fotos e a despedidas, certos que o reencontro é mais que certo. E por falar em reencontro, ainda durante o fim de semana fiz a diferença entre alguns "mini-Seres" que, à sua maneira, fizeram em mim também a sua diferença. A quem quiser depois explicarei. Nem foi bem um reencontro, verdadeiramente falando, porque nunca tinha estado antes nesta associação. Mas chamei-lhe assim porque, de certa forma, reencontrei algo que é tantas vezes (e tão facilmente) esquecido por nós. Não por mal. Talvez porque o dia-a-dia nos faça esquecê-las. Mas quero deixar escrito que é muito importante e igualmente saboroso relembrarmo-nos sempre das coisas realmente importantes desta vida e não deixar que as outras (as falsamente importantes) tomem o seu lugar, com prejuízo para o equilíbrio natural das coisas. Seja a correr, a caminhar, ou tão simplesmente a fazer companhia e a ajudar o próximo, procurem sempre ouvir aquilo que a criança que há dentro de vós tem para vos dizer. Lembrem-se que ela, apesar da inocência, possui uma grande sabedoria sobre aquilo que realmente necessitamos. E sigam os vossos passos nessa direção. Estou certo que não se irão arrepender. Foi o que eu fiz. E assim a semana que para mim irá ditar 2013 começa com outra perspectiva.
Sex | 14.12.12

Como tratar (e prevenir) uma inflamação

José Guimarães
Hoje aproveitei a chuva e o vento para ler com tempo um artigo interessantíssimo do blog Correr por Prazer sobre inflamações, como tratá-las, mas ainda mais interessante, como evitá-las. Recomendo a sua leitura atenta, pois muitas vezes as tentações (sejam correr quando sentimos alguma dor, comer coisas que só fazem mal à saúde, etc) imperam sobre o bom senso que em muitas ocasiões devemos ter e - de facto - não temos. Eu falo por mim, que não resisto a gelados e a outras iguarias... alimentos anti inflamacao

Gorduras

tabela informacao nutricional Gostava de deixar uma nota especial de atenção para a parte do artigo onde fala das gorduras. Nos últimos tempos, graças à prática regular de desporto e à necessidade que tenho em saber o que estou a ingerir quando me alimento, tenho prestado muita atenção (e obviamente sido uma seca para quem me acompanha às compras no supermercado) para as tabelas de informação nutricional dos alimentos que compro. Se ainda não o fazem, convido-os a prestar atenção a essa informação e até mesmo a comparar alimentos semelhantes, por forma a tentar:
  1. Reduzir as gorduras saturadas e gorduras trans
  2. Aumentar a ingestão de gorduras saudáveis, como as que estão presentes no peixe e frutos secos (Omega 3), por exemplo.

Antioxidantes e dieta anti-inflamatória

Ainda no mesmo artigo, chamo também a atenção para a parte em que fala de alimentos antioxidantes (como por exemplo os frutos vermelhos) e também da necessidade da adoção de uma dieta que combata os processos inflamatórios, principalmente por parte de quem pratica desporto com regularidade e intensidade. Exemplos desse tipo de dieta são a eliminação de alimentos inadequados, como carnes vermelhas, produtos lácteos, óleos e outros alimentos processados, substituindo-os por alimentos naturalmente anti-inflamatórios, como legumes, fruta, alimentos ricos em Omega 3, fibras, frutos secos e até mesmo adicionar aos pratos especiarias e condimentos, como alho, gengibre, oregãos e noz moscada.

Tratar as doenças (e uma inflamação) de forma natural

Outro artigo interessante presente no blog Correr por Prazer tem a ver com a medicina naturista (não tem nada a ver com o outro tipo de naturismo), não só como uma forma eficaz para o tratamento de doenças crónicas, mas também para combater doenças inflamatórias e processos febris ou gripes. São tratamentos económicos e sem os efeitos secundários dos medicamentos que, em alturas em que estamos expostos a grandes diferenças de temperatura, aliadas ao tempo húmido e cargas de stress elevadas, tornam-se importantes para o reforço do nosso sistema imunitário. Fonte: Correr por Prazer
Seg | 10.12.12

Uma maratona de amigos

José Guimarães
  Ontem foi o dia da 27ª Maratona de Lisboa. Como a Susana disse no seu perfil do Facebook: "desenganem-se os que dizem que a corrida é um desporto solitário". Ontem foi dia de correr no meio de amigos, conhecidos e outros tantos que nunca havia visto, mas que, entre transpirações, respirações ofegantes e dentes cerrados na luta contra as pernas que, com o passar dos quilómetros se transformam em chumbo, ainda têm espaço para soltar um sorriso por partilhar aquelas horas de luta em prol de algo maior: um objetivo! desedentarioamaratonista-maratona-de-lisboa-portico O dia amanheceu bem cedo. Para ir correr, claro, mas não a Maratona. Onde, então? Na Maratona! Confusos? Passo a explicar: Por um lado tinha no plano de treinos de domingo de manhã 15 km de corrida para fazer. Por outro, como ia haver a prova da Maratona de Lisboa, a vontade de partilhar quilómetros era enorme. Já sabia que se não participasse ia ficar irrequieto... mas como já não daria para participar, pelo menos tinha de ir aplaudir os atletas. Mas mesmo com isso parece que os sapatos ganham vida própria e não conseguem resistir ao impulso de me fazer juntar à festa. Posto isto, como não daria para correr os 42 km, optei por ir "apanhar" uns amigos no ponto de retorno entre Belém e Algés. Equipado para correr e acompanhado pelos fotógrafos de serviço Inês e Filipe, fomos até ao local planeado aplaudir os atletas que aí passavam e tirar algumas das fotos que já estão disponíveis no Facebook. Foi aí mesmo que comecei a acompanhar o Pedro Quina, com quem corri durante alguns quilómetros. Já depois de termos feito o retorno em Algés e de irmos em direção a Lisboa, apareceu a Susana com uma certa expressão zangada no rosto... Bom, a situação agora era: ou acompanhava o Pedro até ao fim, que - melhor ou pior - estava em condições de lá chegar, ou acompanhava a Susana, que estava em condições de ficar por ali mesmo. A Susana vinha de umas semanas "pós-maratona de Amesterdão" sem treinar e com algumas queixas na perna direita, pelo que voltei novamente em direção a Algés. Daí até ao fim não sei quanto tempo demorámos, mas entre conversa, música, gargalhadas e algumas (muitas) ultrapassagens, quer-me parecer que chegar ao final da prova não demorou (mas custou) assim tanto quanto isso (venha ela aqui comentar o contrário). Não me vou alongar muito com este post, porque é mesmo aqui que me quero focar: quem nunca experimentou aquela sensação de velocidade repentina quando, mesmo estando cansados e com as pernas a pesar como chumbo, ultrapassam alguém mais lento e, de repente, parece que ganham velocidade vinda não sei de onde? Tudo bem que até podem abrandar 10 metros mais à frente. Mas naquele instante da ultrapassagem não nos sentimos mais leves e com mais força? De onde aparece isso então? A minha opinião é que está tudo na forma como encaramos o momento. E o momento pode ser duro e ser encarado como tal ou, se mudarmos de perspectiva, o momento pode ser como quando me virava para a Susana e lhe dizia (já só faltam 4 kms... 3kms...). E aí até parecia que a Av. Almirante Reis mudava de desnível e ficou a descer até à Praça do Areeiro! É assim a corrida, pois é. Não tem segredos... trata-se de experimentar e deixar o "bichinho" entrar em nós. Mas cuidado, porque quando pega não dá mais para largar. E quem não corre, mas até gostava de o fazer, sugiro que faça como a Susana sugeriu e acrescente o objetivo à lista de desejos para o dia 31 deste mês. Está quase...

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