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Desde o primeiro post, em setembro de 2011, que o propósito de existência deste site sempre foi o de partilhar o meu Caminho (sim, com letra grande) em direcção ao que seria o meu primeiro grande objetivo de corrida: fazer a minha primeira maratona. Isto por qualquer motivo que pode levar cada um de nós a partilhar algo que consideramos ser interessante para outros, mas também porque, desta forma, talvez conseguisse motivar outras pessoas - por muito poucas que fossem - a adoptar uma postura ativa perante a vida do dia-a-dia.
Talvez partilhando os meus objetivos, as dificuldades, as conquistas, as transformações que ia sentindo na pele, talvez desta forma outros vissem que, na maior parte das vezes, não é tão complicado assim chegar onde queremos. Basta querer muito e, claro está, trabalhar para isso.
Depois da "tal" maratona vieram as corridas fora de estrada, nos trilhos, o trail running e, com esta paixão, novos objetivos se delinearam naturalmente no meu horizonte. Um deles ao mais alto nível: a mediática prova conhecida pelas siglas UTMB, ou seja, Ultra Trail du Mont Blanc. Para quem não conhece, trata-se de uma prova com 168 km de extensão e 9.600m de desnível positivo, ou seja, os metros de subidas acumulados.
A corrida passa-se nos Alpes e atravessa 3 países: Suíça, França e Itália. Bom... eu já estive em França e Itália. Assim também vou à Suíça!
Como a prova é muitíssimo concorrida, os atletas que se quiserem inscrever têm de pontuar em provas específicas. E se for a primeira vez, então são remetidos para um sorteio, onde a sorte dirá se se podem inscrever na prova ou não. Caso não sejam sorteados no primeiro ano de inscrição (como foi o meu caso no ano passado), podem voltar a tentar o sorteio no ano seguinte... como foi o meu caso este ano. E foi este ano que a sorte esteve do meu lado! Do meu e de mais 75 bravos lusitanos - como justamente lhes chamou o Vitor Dias no seu post - que tiveram a sorte de ser selecionados para participar na prova, que decorrerá no dia 29 de Agosto de 2014.
Quer isto dizer que, dois anos depois de ter começado a treinar afincadamente para a minha primeira maratona, os próximos meses vão-se passar da mesma forma_ a treinar, mas desta vez para a minha primeira prova UTMB - Ultra Trail du Mont Blanc.
Curiosamente a minha primeira maratona foi a única (de estrada) em que participei. Será que esta edição do UTMB vai ser a única em que irei participar? Quem me conhece sabe que eu gosto de novos desafios. Mas para já vamos focar e pensar que em Agosto deste ano vou participar no meu maior desafio de corrida até ao presente. Até lá, esperem muitos posts e partilhas... e principalmente que tudo corra bem a todos, aos que vão a este desafio e aos que certamente vão a outros com o mesmo espírito aventureiro de sempre!
Bem hajam e obrigado pela FORÇA!!!
Nos dias que correm assistimos a uma crescente e louvável preocupação com a saúde, nomeadamente com a alimentação. É verdade que os nutrientes que ingerimos irão influenciar diretamente a composição do nosso corpo tal como a afirmação “somos o que comemos” retrata.
Porém o corpo não utiliza (metaboliza) apenas os nutrientes dos alimentos que ingerimos para se transformar ou gerar energia necessária para funções vitais e movimento. O ar que respiramos, a forma como o fazemos e a sua qualidade tem um papel vital para o organismo.
Para compreendermos melhor a sua importância devemos ter em conta os mínimos de sobrevivência do organismo:
· 42 dias sem comida
· 7 dias sem água
· 5 minutos sem oxigénio!
Como podemos esquecer o elemento do qual o organismo mais depende para sobreviver?
A cada momento o elemento que o corpo mais metaboliza é o oxigénio. Este é vital para o funcionamento dos milhares de células que compõem o nosso organismo e que necessitam do oxigénio para produzirem níveis de energia compatíveis com as suas funções.
O oxigénio é o principal recurso do corpo para se formar ATP (molécula energética), sem ela nada acontece ao nível celular: digestão, divisão celular, respiração, ação endócrina, impulso neurológico, etc. Sem energia não há vida!
Menos oxigénio leva a menos ATP
Menos ATP no corpo traduz-se em níveis de energia mais baixos, consequentemente uma função orgânica pobre, o que pode levar ao desequilíbrio do meio interno e predispor para o aparecimento de doenças.
O que nos leva a respirar mal?
Uma das principais causas são as más posturas derivadas do estilo de vida sedentário, com prevalência para a posição sentada dificultando a ação do diafragma. Outra das principais causas prende-se com a excessiva presença de stress e ansiedade que o padrão atual da sociedade nos impõe. O stress é uma reação fisiológica primitiva de defesa do organismo que surge quando nos encontramos em perigo para podermos reagir fugindo ou lutando por alguns segundos, potenciando a resposta fisiológica do organismo. Porém hoje em dia interpretamos como uma ameaça situações de trabalho ou enquanto estamos sentados no trânsito, e recebemos esta resposta do organismo desnecessariamente não apenas por uns segundos, mas muitas vezes por horas, dias, semanas, anos… Frequentemente este tipo de reação fisiológica, que nos eleva a frequência cardíaca ou a pressão arterial entre outras variáveis fisiológicas aparece associado a doenças cardíacas ou vasculares. Se a isto adicionarmos hábitos tabágicos, teremos um considerável défice de oxigénio no organismo e má qualidade de ar respirado.
Como reverter este processo e ter uma respiração correcta?
Para sabermos como respirar corretamente basta olhar para um bebé a dormir e observar o movimento da barriga – a respiração diafragmática. Este deve ser o padrão respiratório quando estamos em repouso.
Se pretende melhorar os padrões respiratórios, deixo-lhe um exercício que pode fazer em casa:
1 – deite-se de barriga para cima numa cama;
2 – com uma das mãos massage durante 1 minuto a zona do esterno (osso central no peito);
3 – coloque as mãos sobre a barriga e relaxadamente deixe o ar entrar;
4 – tente que a barriga seja a primeira zona do tronco a mover-se, e mantenha-se assim 3 a 5 minutos, se tiver dificuldade procure relaxar e não forçar demasiado a respiração;
5 – por fim tente insuflar completamente os pulmões seguindo a sequência 1 - 2 – 3 acima indicada (barriga – tórax – pescoço) 1 minuto.
O Yoga tem demonstrando além de muitos outros benefícios para a saúde, uma enorme ajuda para obter uma respiração saudável e consequentemente níveis de energia mais altos no organismo, bem como o contributo para um boa função organica.
Benefícios da respiração diafragmática:
· Aumento da atividade parassimpática do organimo (responsável pelo repouso, função visceral, etc);
· Diminuição dos níveis de stress e consequente diminuição da acidez no pH do sangue;
· Diminuição da tensão muscular;
· Melhor qualidade de sono;
· Diminuição da frequência cardíaca de repouso;
· Melhoria nos valores de tensão arterial;
Duarte Spínola - Osteopata ACS