Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Ex-Sedentário - José Guimarães

A motivação também se treina!

Qua | 28.10.15

54 semanas de Corridas Noturnas

José Guimarães
No dia 21 de Outubro de 2014 alinhei com o Diogo e a Inês à porta da loja Kid to Kid Expo, para a primeira edição da Corrida Noturna Parque das Nações. A ideia era simples: consistia em reunir pessoas interessadas em correr na zona do Parque das Nações, num treino semanal que se agendou acontecer todas as terças feiras às 20:30 horas. Longe de mim pensar que, um ano depois do Diogo me convidar para fazer parte do nascimento deste projeto, iríamos estar a comemorar com mais 200 pessoas, 54 edições semanais da Corrida Noturna Parque das Nações. E logo no topo do edifício mais icónico deste local, que até dá mote ao nosso próprio logotipo: a Torre Vasco da Gama. Bem dizia o Pessoa: "Deus quer, o Homem sonha, a obra nasce." Não vou aqui detalhar como são os treinos deste grupo. Se ainda não conhecem convido-vos todos a aparecer e experimentar. Se já conhecem, já sabem como são animados e divertidos, muitas vezes desafiantes até mais não, para quem ainda não corre, como também para aqueles que já correm muito. E se há quem corra mesmo muito, ufa!!! São daqueles treinos que acabam sempre num ambiente que se quer mais e que se quer prezar, acima de todas as correrias. É - afinal - esse ambiente que nos faz querer estar no Parque das Nações todas as terças feiras à noite, faça chuva, faça... bom tempo (sol não faz de certeza, porque corremos à noite). E foi esse ambiente que nos juntou ontem à noite para esta celebração muito especial e que ainda hoje estou a digerir. Foram 54 treinos, muitas participações em provas, milhares e milhares de quilómetros percorridos (gostava de conseguir contabilizar este número, mas receio ser impossível). E vão ser com certeza mais outras tantas atividades, aquelas que irão acontecer durante o próximo ano deste grupo, que agora conta com mais participantes, mais divulgação, mais apoios do que há um ano, quando nasceu. Obrigado a todos aqueles que vêm correr ao Parque das Nações às terças feiras à noite. Obrigado a a todas as empresas e entidades que nos têm apoiado. É graças ao empenho e entusiasmo geral que este projeto cresce a cada treino que fazemos. Contamos convosco para mais um ano de muitos quilómetros... e sorrisos! Para usufruir sff.  
Qua | 21.10.15

A que sabe a primeira maratona

José Guimarães
Posso ter muitas coisas para dizer sobre uma maratona. Como treinar, qual o melhor plano de treinos, o que comer, como a enfrentar. Mas nunca vos poderei dizer o que cada um vai sentir durante o tempo que demorarem a percorrer esses míticos 42,195 kms. O domingo passado foi dia de maratona. Diria mesmo que foi o dia de todas as maratonas. Estive em Amesterdão a acompanhar três magníficos primeiros maratonistas (e ainda encontrei por lá mais alguns com quem tive o prazer de me cruzar) e acompanhei de longe - embora tão de perto - outros tantos aqui no nosso país. Pessoas que, em paralelo com as suas vidas diárias, tiveram as suas razões e motivações para querer fazer uma maratona. A sua primeira maratona. Aquela que nunca mais vão repetir e que, de tão inspirador que é o seu sabor, orgulho-me de poder partilhar convosco alguns relatos na primeira pessoa. Inspirem-se para algo que - tenho a certeza - muitos de vós gostariam de um dia fazer. Lembrem-se que, se quiserem muito, já estão suficientemente motivados para dar o salto e se prepararem para aquilo que é uma verdadeira conquista a vários os níveis. "A primeira maratona só me sabe a coisas boas. Achei que iam ser 42,195 kms de sangue, suor e lágrimas, mas foram 42,195 de alegria, gargalhadas, conversas, amizade, companheirismo e, claro, lágrimas, mas de felicidade e emoção . A sensação de superação é absolutamente indescritível, um bocadinho complicada de passar para palavras. Sei que para a maior parte das pessoas isto não passa de uma maluquice/parvoíce, de um esforço desnecessário, mas só quem corre sabe o que significa chegar ao fim, sabe o que custou chegar até ali, sabe quantos quilómetros se puseram nas pernas. A maratona foi o resultado de muitos meses de esforço, mas corrê-la foi a parte mais fácil. Olho para trás e sinto que passou, literalmente, a correr, nem dei pelo tempo ou pelos quilómetros. E em todas as fotos que me tiraram estou com um sorriso gigantesco, o que só pode ser um bom sinal. Fui feliz do primeiro ao último metro, não me magoei, fiz um tempo minimamente decente, por isso só tenho coisas boas a dizer. Acho que ainda estou naquele estado de encantamento, ao ponto de já ter começado a olhar para o calendário e para as próximas maratonas. Decididamente, isto é um vício. E agora até já, vou só ali babar-me para cima da minha medalha mais um bocadinho!" Ana Garcia Martins, autora do blog "A Pipoca Mais Doce" Ver post relacionado "Cabeça, pernas, coração: foi assim a primeira Maratona" "A maratona soube-me a sal porque chorei sem conseguir parar. Solucei de alegria, coisa que só me aconteceu quando tive os meus filhos. Apetecia-me viver uma semana só alimentada deste prazer, deste êxtase, desta bebedeira. Não queria ter de trabalhar, nem de cuidar dos miúdos, nem de fazer mais que não fosse recordar cada quilómetro, cada pedaço daquela conquista que foi minha. A maratona soube-me a vitória. E a lição. Quando queremos, podemos. Quando trabalhamos e lutamos conseguimos. Quando, em Janeiro, disse aos meus filhos que ia fazer a maratona, riram-se na minha cara, desconsoladamente. descontroladamente. Ontem abraçaram-se a mim, tão orgulhosos. E perceberam que querer muito é poder ainda mais. Acho que eu e o pai lhes demos ontem a lição das suas vidas. Por isso, também por isso, a maratona soube-me a amor. Foi sentir: eu fui capaz disto! E se fui capaz disto, caraças, sou capaz de tudo!" Sónia Morais Santos, jornalista e autora do blog "Cocó na Fralda" Ver post relacionado "Maratona, o relato completo"
"A primeira maratona sabe ao ansiado, nervoso e irreversível primeiro beijo. Por mais conselhos, dicas, treinos e visualizações, nada nos prepara para a felicidade e emoção de cruzar a meta após 42,195 quilómetros. A singularidade do momento supera as nossas melhores das expectativas. E tal como o nosso primeiro beijo, transformamo-nos nos mais humildes, vaidosos e confiantes atletas que alguma vez existiram." Anastácio Neto, assessor de imprensa e autor do blog "40 e Tal" Ver post relacionado "A minha primeira Maratona"
"Fazer uma Maratona é quando nos superamos a nós próprios. É quando o corpo te diz que é uma verdadeira loucura, que não está feito para tal e a tua cabeça te diz que sim! A vontade, a dedicação, o desejo, o prazer que te dá em te superares, superares as dificuldade a cada treino, a cada instante, a cada momento, dá-nos a força, a garra, o drive para atingir o inimaginável, o que só em sonho se concretizaria, acabando numa explosão de alegria e de emoções fortes vindas na profundeza do nosso ser, com a sua conquista. E depois te perguntas, quando é a próxima?" Mário Verdi, piloto de aviação comercial "Soube-me a algo único, mágico e muito arrepiante. Foram muitas as sensações vividas durante os 42,195 km, mas a sensação de dever cumprido após cortar a linha da meta, depois de muito trabalho e preparação ao longo do tempo em que decidi fazer a maratona, é absolutamente fantástica." Nuno Almeida, diretor de pós-venda "Sabe a superação. Fazer uma primeira maratona é ter a capacidade de superar não só as barreiras físicas (sim, a dor é terrível) mas sobretudo as mentais. Cruzar a meta não é um fim, mas um começo, porque quem termina descobre-se..." Inês Barroso, gestora, mãe e a mulher por quem me apaixono todos os dias Ainda se lembram a que soube a vossa primeira maratona? Se sim, gostava de saber. Deixem o vosso testemunho mais abaixo nos comentários e inspirem alguém com a vossa história.
Seg | 19.10.15

O que fazer depois de uma maratona?

José Guimarães
Depois de meses a fio a treinar, de repente a vossa maratona está feita. E agora? Agora vão com calma. Todos sabemos que correr uma maratona requer muito treino. Muito tempo, muitos treinos longos, comer bem e de forma adequada, etc. Mas e depois de terminar? Muitas pessoas negligenciam o impacto que uma maratona exerce sobre os seus corpos e sobre a mente. E isso é um erro crasso. A recuperação não acontece por si só. É necessário dar-lhe uma ajuda, principalmente se estão a planear voltar depressa às corridas. Sigam estes conselhos e deixem que a corrida seja uma parte integrante, mas saudável da vossa vida.

Comam bem

Mantenham a ingestão de carbohidratos. Tal como antes da maratona, o corpo agora precisa dos mesmos tipos de nutrientes e é importante dar-lhe tudo com fartura. Também é uma boa ideia consumir alimentos antioxidantes, como frutas e vegetais coloridos. E claro, não esquecer a proteína.

Hidratem-se

Logo depois da maratona, mantenham uma hidratação o mais regular possível. E bebam mais água do que é normal nos dias seguintes à prova. Estes são alguns produtos que podem ingerir para potenciar uma recuperação mais rápida: Gold Nutrition - Fast Recovery (útil porque inclui uma boa proporção de carbohidratos e proteína, bem como vitaminas e sais minerais) Optimum Nutrition - 100% Whey Gold Standard (para quem só quer proteína whey) Optimum Nutrition - Glyco-Maize (carbohidratos, essenciais para reposição do glicogénio muscular, que devem juntar-se a uma dose de proteína na proporção 4:1)

Façam alongamentos

Alongar ajuda a libertar o corpo do lixo tóxico que se acumulou nos músculos durante a maratona, portanto alonguem um pouco todos os dias. Uma massagem também vai ajudar.

Descansem

O descanso, tal como a nutrição adequada, é tão importante depois como foi antes da maratona. Durmam bem nas noites depois da prova. E não se neguem se sentirem vontade de dormir uma sesta.

Tratem das feridas

Prestem especial atenção a todas as bolhas e feridas que se possam ter formado durante a corrida. E tenham cuidado também com as unhas negras. Não deixem que nada infete, promovam uma boa recuperação e, se necessário, visitem um médico especialista.

Voltem devagar aos treinos

Não há um tempo de recuperação igual para todos. Algumas pessoas gostam de tirar uns dias de férias das corridas. O importante é não abusar no regresso aos treinos. Em regra os músculos precisam pelo menos entre 3 a 5 dias para regenerar. Mas se não sentirem dores e quiserem fazer uma corridinha calma, porque não?

Novos objetivos

Estabeleçam novos objetivos de corrida para os próximos meses, mas concentrem-se em distâncias curtas. Isso ajudará a trabalhar a velocidade e, além de ser mais variado, também é mais fácil de treinar.

Juntem-se ao clube

Se sempre treinaram sozinhos, está mais do que na hora de se juntarem a um grupo de corrida. A mudança na rotina vai ajudar a reavivar o vosso espírito da corrida e a companhia vai adicionar o lado social às vossas corridas.

Experimentem coisas novas

Nos meses após a maratona, experimente o cross-training. Modalidades como o ciclismo, natação ou yoga vão ajudar-vos a recuperar o corpo e a mente da dureza do treino para a maratona.

Arranjem um animal de estimação

Ou renovem a casa, ou façam uma viagem para um sítio diferente. O importante é que tenham objetivos que não sejam só relacionados com corrida.
Seg | 19.10.15

A primeira maratona será sempre a primeira maratona

José Guimarães
"Um dia sonhei fazer uma maratona." Foram as palavras com que a Inês um dia me acordou. Acho que foi um sonho tão real que, a partir daí, ela disse mesmo que ia fazer uma maratona, mesmo que já tivesse tomado essa decisão há alguns meses atrás. Também eu sonhei um dia fazer uma maratona. E foi esse o meu primeiro grande objetivo, depois de ter começado a correr. Como também foi o do Nuno. E o do Mário. Ambos treinaram comigo afincadamente durante meses e, neste domingo, fizeram a sua primeira maratona. Mas também a fizeram a Sónia, a Ana, o Bernardo, o Anastácio, o Carlos e tantas outras pessoas com quem, de uma forma ou de outra, já tive oportunidade de me cruzar nestas coisas das corridas. Fazer uma maratona é, por si só, algo mítico. Fazem-se até ultra maratonas e corridas na montanha de mais de 100 km, mas uma maratona será sempre uma maratona. Afinal de contas são os tais 42,195 km pelos quais alguém morreu, como conta a lenda. Fazer uma maratona é, assim sendo, o grande desafio. Talvez o primeiro grande desafio de todos aqueles que tomam a peito a corrida... e gostam. Como dizia o Pedro, só fazemos uma vez na vida a nossa primeira maratona. Por isso é importante que, por muito dura que seja, ou por muito difícil que tenha sido chegar ao fim, que este seja um dia para recordar. Aqui em Amesterdão foi um daqueles dias memoráveis. Mas tenho a certeza que também foi assim em Lisboa. E certamente noutras primeiras maratonas por esse mundo fora. Se valeram a pena todos os sacrifícios? Claro que sim. No final, claro que sim. Quando acabamos em sorrisos e choros, palavras de alegria e momentos de puras amizades que, depois disto, se tornaram ainda mais sólidas... claro que valeram a pena todas as horas, todos os momentos de "peregrinação". Tudo em prol de sensações que só se vivem uma vez na vida, por muitos quilómetros que, depois da primeira maratona, se venham a correr. Lá está, a primeira maratona é sempre a primeira maratona. É única e ficará para recordarmos para sempre. Estão todos de parabéns!
Sex | 16.10.15

Os 3 produtos mais inovadores da Decathlon

José Guimarães
A Decathlon é - aparentemente - uma marca que todos conhecem e sobre a qual já sabemos praticamente tudo o que há para saber. Mentira! A Decathlon é aquela grande superfície que vende tudo e mais "um par de botas" para o desporto. Mas a Decathlon também são as suas 20 "marcas paixão". E também é inovação. Fazem questão disso. Nesta semana que passou tive o prazer de conhecer um bocado dos bastidores desta empresa e perceber o que a motiva a crescer. Estive na apresentação em Portugal dos produtos vencedores dos Innovation Awards, um evento anual onde colaboradores, clientes e parceiros vêem e votam nas ideias de produtos que mais tarde vemos à venda nas lojas. Em 2015, o evento Decathlon Innovation Awards revelou algumas ideias realmente inovadoras, cada uma com o "tal" fator diferenciador que é muitas vezes aquele pormenor que em algum momento já todos sentimos a falta, mas para o qual ainda não encontrámos solução. Pois bem, alguns dos produtos que a equipa da Decathlon mostrou ao vivo têm realmente essa "tal" solução. E prometem esgotar nas suas prateleiras. Resistindo à tentação de revelar já o vencedor, começo pelo terceiro lugar, os óculos de natação Selfit, que permitem mudar as lentes conforme o tipo de utilização (lentes mais claras para piscina indoor, até uma lente espelhada para natação ao ar livre) ou conforme as dioptrias necessárias (de 1 a 6). O segundo classificado foi a tenda Fresh and Black, uma inovação baseada nas já famosas tendas que abrem em 2 segundos, mas com um revestimento que impossibilita a passagem de luz para o interior e permite a redução de calor em relação ao que se faz sentir no exterior. Mas o produto vencedor (com uma diferença de votos em relação ao segundo lugar que bateu todos os recordes) foi o bidon de água Aptonia com o sistema Double [caption id="attachment_6166" align="alignright" width="300"]decathlon_aptonia_doubleuse_desedentarioamaratonistadecathlon_aptonia_doubleuse_desedentarioamaratonista Aptonia Double Use System[/caption] Use. Com muita pena minha, este bidon só deve estar à venda lá para Março, porque senão neste momento já tinha um ou dois. Mas em que é que consiste o sistema double use? Pois bem. O bidon, que por fora aparenta ser uma garrafa normal de desporto, tem acoplado à tampa uma saqueta com gel energético no seu interior. O utilizador só tem que selecionar uma das duas posições do bocal, ou na primeira em que só sai água, ou na segunda posição, em que sai água e o gel da tal saqueta. Ainda é possível regular a quantidade de água que sai do bidon, em 3 quantidades diferentes. Na prática, isto pode revelar-se um aliado muitíssimo útil para levar na bicicleta, num treino ou mesmo em prova, pois permitirá manter uma hidratação regular, em simultâneo com a ingestão de gel energético, sem ter que gerir duas coisas diferentes. É o chamado dois em um! Fora isto, parece-me que algumas das outras inovações, premiadas anteriormente, ficaram remetidas para segundo plano. Não porque eram menos úteis (quem não gostava de jogar basquet com uma bola cheia de "grip" e à prova de furos, ou correr com um cardio-frequencímetro acoplado à camisola, sem precisar de uma banda presa à volta do peito?), mas porque, de facto, cada um de nós terá o seu desporto favorito e as suas preferências, e não posso deixar de me sentir mais inclinado para aqueles que eu mais gosto de praticar. É um facto, alguns destes produtos terão um lugar lá em casa. Fico à espera do lançamento.
Sab | 10.10.15

Asics Running Lab, ou como levar a corrida um pouco mais à frente

José Guimarães
Na semana passada fui fazer um teste com que já sonhava há muito. Mentira... Não foi um teste, foram 6! Um deles era algo que que tinha muita curiosidade em fazer, mas não tinha ideia quando poderia estar ao meu alcance: determinar o VO2 máx. Dos outros, alguns até já tinha feito, como a análise estática ao pé (Foot ID) e as medições corporais. Mas juntar 6 testes num só estudo sobre como somos, como nos comportamos quando estamos ou não a correr, pode ser, de facto, muito revelador. O que podemos fazer com isso, já é outra conversa. Mas vamos por partes.

asics_running_lab_ferramentas_desedentarioamaratonista1ª parte: exame das pernas e tornozelos

É aqui que tudo começa, deitado numa marquesa, entre dois dedos de conversa e ferramentas que parecem tiradas de uma sala de torturas. Mas aqui não há dor... ainda. Há muito profissionalismo e o olhar concentrado da Cláudia Lucas (responsável pelo Asics Running Lab, no Colombo, em Lisboa) que, durante uns bons minutos, não se deixa distrair e aponta tudo o que pode sobre as medições que vai tirando. É aqui que se mede o alcance do movimento das ancas, joelhos e tornozelos, assim como a flexibilidade dos músculos. Descobri que tenho mais 4mm na perna esquerda e que, apesar de ter uma flexibilidade acima do normal nas ancas, afinal a dos tornozelos não é nada de especial. [caption id="attachment_6142" align="alignnone" width="300"]asics_running_lab_legalignement_desedentarioamaratonista Leg Alignment Measurement[/caption] [caption id="attachment_6143" align="alignnone" width="300"]asics_running_lab_legalignement2_desedentarioamaratonista Leg Alignment Measurement[/caption]

2ª parte: avaliação da composição corporal

Aqui mede-se a percentagem muscular e de gordura corporal, entre outros valores. E, como estou em regime de férias das corridas, ainda a treinar com pouca intensidade, só a fazer manutenção, é natural que os valores estejam aquém do que estavam em Julho, a última vez que fiz este tipo de medições. A gordura corporal, por exemplo, subiu dos 9% para os 13% (estarei a ficar badocha?). [caption id="attachment_6145" align="alignnone" width="300"]asics_running_lab_bodycomposition_desedentarioamaratonista Body Composition Measurement[/caption]

3ª parte: avaliação estática do pé

Mede o comprimento e a largura dos pés, assim como a altura do seu arco e o ângulo do osso do calcanhar, para ajudar a identificar com precisão que sapatilhas foram feitas para os seus pés. Aqui nada de especial: um arco elevado, a minha pronação excessiva no pé esquerdo e pés mais estreitos que o normal. [caption id="attachment_6146" align="alignnone" width="300"]asics_running_lab_staticfootid_desedentarioamaratonista Static Foot ID Measurement[/caption]

asics running lab cadeira desedentarioamaratonista4ª parte: avaliação da força das pernas

Aqui apareceu a primeira surpresa do teste. Se o teste do VO2 máx já gerava em mim alguma expectativa, desde que entrei no Running Lab que esta "outra coisa" não parava de me incomodar. É imponente. É algo "bruto" no meio de um laboratório branco e imaculado. Ninguém fica indiferente à presença daquela enorme cadeira no centro da sala, que mais parece ter sido tirada de um qualquer caça supersónico ou de uma nave espacial. asics_running_lab_cadeira2_desedentarioamaratonistaEsta cadeira está ligada a uma máquina que mede a força do quadríceps e tendões, para detetar quaisquer desequilíbrios. Sentei-me e senti aumentar a ansiedade (ainda bem que a pulsação não era para aqui chamada). O cinto de segurança de quatro apoios do tipo avião mete respeito (mas depois revela-se útil). As cintas que nos mantêm a perna fixa deixam adivinhar que um teste de força estava para vir. E veio mesmo. O objetivo é estarmos sentadinhos e fazermos força com a perna, em extensão e depois em flexão. Os resultados? Deve ter sido o teste onde revelei menos desequilíbrios. Mas o nível de força que tenho na extensão/flexão da perna tem que ser melhorado. Digamos que o rácio entre a extensão e a flexão deverá andar entre 50% e 65%, mas o meu anda pelos 53%. Já sei que quando voltar aos treinos este vai ser um dos focos para trabalhar. [caption id="attachment_6147" align="alignnone" width="300"]asics_running_lab_legstrenght_desedentarioamaratonista Leg Strenght Measurement[/caption] [caption id="attachment_6148" align="alignnone" width="300"]asics_running_lab_legstrenght2_desedentarioamaratonista Leg Strenght Measurement[/caption] [caption id="attachment_6149" align="alignnone" width="300"]asics_running_lab_legstrenght3_desedentarioamaratonista Leg Strenght Measurement[/caption]

5ª parte: corrida na passadeira

"Um teste de esforço numa passadeira, até ao estado de quase exaustão", é como lhe chamam. No meu dicionário, o teste ao VO2 máximo seria o que de maior utilidade eu iria tirar destas 2:30 horas de testes exaustivos. Até nem foi, mas revelou-se de facto algo importantíssimo para perceber melhor como corro, porque corro como corro, até onde posso acelerar sem problemas e a partir de onde é que começo a "estourar". O teste consistiu em correr 15 minutos num determinado patamar de esforço crescente, tendo a mim calhado começar a 10 km/h e terminado a 17,5 km/h. Interessante verificar valores de 153 pulsações por minuto a 4'36/km (13 km/h), mas sentir o coração a sair-me pela boca a 183 pulsações por minuto, a 3'45/min (16 km/h). Não sei que cálculos a máquina fez, mas estimou que na minha condição estaria apto a fazer uma maratona em 03:14 horas... e não é que fiz no ano passado a Maratona de Lisboa com o tempo final de 3:15 horas? Foi também engraçado perceber que no relatório vem escrito que sou um corredor "step-frequency orientated", ou seja, regulo o meu tipo de corrida por um tipo de cadência alta. Lembram-se do post que escrevi há uns tempos sobre como aprender a correr com o nosso tipo de passada? [caption id="attachment_6152" align="alignnone" width="300"]asics_running_lab_runningformmeasurement_desedentarioamaratonista Running Form Measurement[/caption] [caption id="attachment_6153" align="alignnone" width="300"]asics_running_lab_runningformmeasurement2_desedentarioamaratonista Running Form Measurement[/caption] [caption id="attachment_6154" align="alignnone" width="300"]asics_running_lab_runningformmeasurement3_desedentarioamaratonista Running Form Measurement[/caption] [caption id="attachment_6155" align="alignnone" width="300"]asics_running_lab_runningformmeasurement4_desedentarioamaratonista Running Form Measurement[/caption]

asics_running_lab_camera_desedentarioamaratonista6ª parte: análise da forma de correr

Análise visual da forma de correr de diversos ângulos, para determinar alterações induzidas pela fadiga em formação e recolha de dados sobre a atividade aeróbica. Que é como quem diz, depois de todo este esforço na passadeira anterior, agora vou correr mais um bocadinho, com uns sapatos especiais da Asics, só para filmar os nossos pés em andamento. Nenhuma surpresa aqui: sou pronador com o pé direito e muito pronador com o pé esquerdo. [caption id="attachment_6156" align="alignnone" width="300"]asics_running_lab_dynamicfootidmeasurement_desedentarioamaratonista Dynamic Foot ID Measurement[/caption]

Conclusões finais

Duas horas e meia depois, escusado será dizer que eu estava mortinho para saber pormenores. Alguns foram-me adiantados logo ali no momento, mas tive que esperar dois dias para receber o relatório completo em casa. Li-o, reli-o e cheguei a algumas conclusões. Umas que já sabia, outras que foram surpresas boas, outras nem por isso. Por exemplo, há quem diga que corro rápido, mas a minha forma de correr ainda peca por não ser muito eficiente. O relatório final diz que tenho uma corrida baseada em cadência e com uma passada leve (o que é bom), mas que tenho um fraco nível muscular ao nível das ancas e glúteos (o que é mau), o que faz com que esforce mais os músculos das pernas do que seria necessário. Moral da história, somos feitos como somos e cada pessoa terá com certeza as suas características muito próprias. É por isso que, quando me perguntam se determinado tipo de plano de treinos é bom ou mau, eu respondo sempre o mesmo, que um bom plano de treinos para mim pode não ser um bom plano de treinos um de vocês. Um plano de treinos (e não estou a falar só para correr) é algo de muito pessoal e deve ser feito por alguém especialista na matéria. E o que se aprende com o Asics Running Lab pode ser um excelente ponto de partida para isso.  
Seg | 05.10.15

Todos temos os nossos heróis - parte II

José Guimarães
Ontem a minha irmã fez um Ironman. Foi o seu primeiro Ironman. Estava nervosa (quem não estaria nervoso a enfrentar uma prova destas pela primeira vez?), mas nós por cá também estávamos. Provavelmente - assim penso - o nervosismo dela passou assim que se atirou à água para nadar. Foi quando começou o nosso, que só terminou 14 horas depois. Num dia normal para nós (em que acordámos cedo, tomámos o nosso pequeno almoço, fomos às compras, votámos, almoçámos, fomos ao cinema, trabalhamos e jantamos), ela esteve constantemente a nadar 3,8 km, a pedalar 180 km e, como se isso não bastasse, depois ainda fez uma maratona, acabando depois de 42 km de corrida com um sorriso bonito no rosto. O seu sorriso bonito. Este post é curto. É uma continuação do primeiro post que escrevi com o mesmo título. Não me vou portanto alongar em dissertações sobre o quão importante é termos objetivos. Vou reafirmar que os nossos objetivos devem ser realistas mas, acima de tudo, devem partir dos nossos sonhos. E não interessa o que os outros dizem, temos que os sentir nossos e que somos capazes de os atingir - claro - se trabalharmos para isso. É principalmente importante termos objetivos que nos deixem felizes, que nos mostrem que somos capazes de conquistar algo a que tanto aspirámos durante tanto tempo, aquele algo especial que nos faz vibrar. Sei que a minha irmã sentiu tudo isto. Sei que ela vibrou com todos os bocadinhos daquelas 14 horas que passou em prova. Sei que pensou em todos os que estavam aqui deste lado a acompanhá-la. Sei também que ela voltou maior, mais rica, mais ela própria. E sei que, se não conseguisse desta vez, iria voltar a tentar. E, por causa disto, ela entrou na lista dos meus heróis. Aqueles que sofrem, lutam e conquistam.
"Nós portugueses vivemos num clima quase depressivo. Temos que ter objetivos muito fortes no nosso dia a dia. É esta mensagem que quero deixar aos portugueses, que acreditem, que lutem, porque sem trabalho, sem sacrifício, nunca vamos conseguir mudar este país." Carlos Sá, ultra maratonista (depois de concluir a sua primeira Badwater)
Obrigado a ti minha irmã, por também tu nos inspirares assim. Ver post relacionado: Todos temos os nossos heróis!
Seg | 05.10.15

Suunto Traverse, o relógio de navegação para outdoor

José Guimarães
O Suunto Traverse é um relógio GPS para outdoor, que foi desenhado com uma navegação simples, para os que se iniciam neste tipo de atividades. Combina funções tradicionais de outdoor com navegação GPS/GLONASS, num relógio moderno e robusto. A Suunto anunciou o lançamento do novo relógio GPS para outdoor com navegação simples, para os que se iniciam nas aventuras fora de portas. O Suunto Traverse combina funções tradicionais de outdoor com navegação GPS/GLONASS, num relógio moderno e robusto. A experiência de navegação foi melhorada com os novos mapas topográficos, disponíveis no Movescount da Suunto, que facilitam muito o planeamento de rotas. “Noutros tempos, a aventura ao ar livre era praticamente sinónimo de expedições difíceis ou escaladas de alta montanha. Hoje em dia, surge uma nova geração de homens e mulheres entusiastas de outdoor, que representa uma mudança numa maior acessibilidade às aventuras centradas no desfrute e nas novas experiências”, explica Petteri Hernelahti, responsável da linha comercial de atividades outdoor da Suunto. “Com o Suunto Traverse, queremos ajudar os entusiastas das atividades outdoor a ganhar confiança para explorar, e centramo-nos fundamentalmente na facilidade de utilização, já que queremos eliminar os obstáculos e incertezas que poderiam interferir no desfrute das aventuras”, acrescenta.

Funções de navegação versáteis e posição precisa

O Suunto Traverse é fácil de usar,  e oferece acesso rápido às principais funcionaliddes. O relógio está preparado para suportar sistemas de navegação por satélite GLONASS e GPS. O suporte necessário para GLONASS, estará disponível mais à frente nas próximas atualizações de software. Segue o teu progresso ao longo de uma rota com estatísticas chave, como altitude ou distância, e memoriza os teus pontos de interesse durante o percurso. A rota automática de “migalhas de pão” permite que regresses pelo mesmo caminho quando precises. A altitude, velocidade vertical e subida total medem-se com precisão mediante FusedAlti™, que combina a informação de pressão barométrica, com a altitude proporcionada via satélite. Os alertas de tempestade, por exemplo, são indicados por vibração, reduzindo assim o ruído ao mínimo. Para encontrar os teus materiais ou para consultar um mapa na escuridão, a luz de fundo do Suunto Traverse, pode ser ativada em modo de lanterna de grande potência.

Um relógio para as aventuras quotidianas

O Traverse inclui seguimento do nível de atividade, com acumulação de passos diários e recontagem de calorias. O relógio é compatível com Suunto Movescount App para iOS e Androide o que permite visualizar chamadas, mensagens de texto e notificações que chegam ao teu telemóvel. Com a App movescount, poderás também ajustar a configuração do teu relógio, e transferir as atividades gravadas em Movescount, desde qualquer lugar. A nova antena tem um desenho ergonómico que se ajusta na perfeição a todos os pulsos. A caixa é feita de material leve composto, e o mostrador é em aço inoxidável que protege o ecrã que é ligeiramente rebaixado. Escolhe a tua cor favorita entre 3 possibilidades: preto, branco e âmbar. Todos os relógios Traverse são desenhados, testados e fabricados na Finlândia. O Suunto Traverse já está disponível nos distribuidores oficiais.  Mais informação em: http://www.suunto.com/traversecollection/