As inscrições para uma das provas mais aguardadas do calendário nacional e internacional de trail – o Louzantrail, que se realiza nos dias 5 e 6 de março de 2022 – abrem a 1 de dezembro. Este ano com a inclusão do o Trilho dos Moleiros– ideal para quem quer desfrutar da Serra da Lousã, mas ainda não está preparado para longas distâncias –, a juntar-se aos incontornáveis Ultra Louzantrail (43 km com 3000 metros de desnível positivo), Louzantrail (29 km com 2000 metros de desnível positivo), Louzantrail Curto (18 km com 1200 metros de desnível positivo) e Louzantrail XS/Caminhada (11 km com 850 metros de desnível positivo) nesta edição em modo correr ou a andar.
De referir que o evento continua a integrar os campeonatos da Associação de Trail Running de Portugal, com o Ultra Louzantrail como Campeonato Distrital e a prova de 29 km a fazer parte da agenda internacional, através das Golden Trail National Series, que tem mostrado a Lousã aos maiores nomes do trail running mundial, entre os quais Stian Angermund-Vik ou, do lado feminino, Núria Clapera, vencedores em 2020, numa edição marcada pela incerteza trazida pela COVID-19 (foi a última prova de trail a realizar-se em território nacional), mas também pelos recordes e inscrições esgotadas.
Angermund-Vik bateu o recorde do percurso de 30 km, fixando-o em 2h40m12s, mantendo-se o melhor tempo feminino o alcançado em 2019 pela espanhola Paula Cabrerizo, de 3h20m32s. Já o percurso de 43 km conheceu também novo recorde, mas do lado feminino, tendo sido estabelecido pela espanhola Aroa Sio, que terminou em 5h32m32s. Do lado masculino, o melhor tempo continua a pertencer ao português Ricardo Silva, que, em 2019, cumpriu o percurso em 4h30m12s.
Este ano, o Louzantrail Curto integra o Circuito Terras da Chanfana®, que decorre sob a chancela da Dueceira – Associação de Desenvolvimento do Ceira e Dueça, em parceria com o Montanha Clube e com a Associação Abútrica (Miranda do Corvo), a Associação Recreativa de São Miguel (Vila Nova de Poiares) e a Associação Infante Dom Pedro (Penela).
Quanto às inscrições, este ano a organização irá disponibilizar cerca de 1300 para o total do evento, sendo que, à semelhança do que aconteceu nas edições anteriores, “é expectável que esgote nos primeiros dias”, adianta Pedro Jorge Lopes, do Montanha Clube, entidade organizadora do Louzantrail. Assim, quem quiser fazer parte deste que promete ser “o evento de trail do ano”, deve ficar atento ao site oficial (https://louzantrail.com/) e a 1 de dezembro começar por vencer a corrida às inscrições.
Novidades sustentáveis e socialmente responsáveis
Sem nunca perder de vista as vertentes ambiental e de promoção da região, que, aliadas ao caráter desportivo do evento, contribuem para a valorização da Serra da Lousã, a organização do Louzantrail continua a trabalhar para proporcionar aos participantes uma experiência única. É neste contexto que surge, por exemplo, a parceria com a Redbull, que irá animar o evento e terá muitas surpresas para os participantes. É também com este intuito de inovação e valorização da Serra da Lousã que surgiu o Trilho dos Moleiros, como explica Pedro Jorge Lopes: “O trilho dos Moleiros tem alguma exigência técnica e física, mas é composto por um traçado muito bem conseguido e integrado na paisagem, que respeita todo o ambiente natural, bem como o património existente. Com 90% do percurso a desenrolar-se ao longo da ribeira da Fornea, atravessada várias vezes por pontes de madeira construídas de forma a interagir perfeitamente com a natureza envolvente, predomina o verde por entre uma paisagem pautada por diversos moinhos e por pequenas e médias cascatas por onde circula água pura e cristalina.”
Se a descrição já o transportou para o coração da Lousã e para os caminhos naturais e antigos que as populações locais utilizavam para calcorrear até ao seus moinhos e terras de cultivo, imagine o que é poder correr ou caminhar enquanto respira a pureza desta serra única que abraça as tão famosas Aldeias do Xisto. E para manter a sua pureza intocável, o Montanha Clube, além de regras rígidas expressas no regulamento do evento, que garantem o respeito de todos os participantes pela natureza, este ano deu mais um passo em direção a uma atividade carbonicamente neutra. “Estabelecemos uma parceria com a ZeroCo2, que nos vai permitir compensar a pegada de carbono do evento, já que vai ser plantada uma floresta Louzantrail, com parte do valor das inscrições”. E concretiza: “Através de uma plataforma online é possível participar no processo de doação das árvores, que depois são doadas pela ZeroCo2 a famílias de agricultores, contribuindo não só para a reflorestação, mas também para o sustento e bem-estar destas pessoas.”
Este ano, também os participantes serão convidados a contribuírem para uma maior sustentabilidade ambiental, para isso basta trocarem as t-shirts por uma árvore.
Aqui fica mais uma razão para garantir o seu lugar no Louzantrail, já que quantas mais inscrições forem realizadas, mais árvores serão plantadas.
Sobre o LOUZANTRAIL
O Montanha Clube Trail Running organizou a primeira edição do LOUZANTRAIL a 23 de setembro de 2000, na altura com o nome de “Enduro Serra da Lousã”. A prova era designada como Atletismo de Montanha e integrava os campeonatos da Associação Distrital de Atletismo de Coimbra. O clube, com a sua longa e comprovada experiência na organização de provas de Enduro, trouxe esse sistema de cronometragem para os primórdios das provas de trail running em Portugal, usando para isso um sistema de quatro troços classificativos com percursos de interligação onde os participantes tinham janelas de tempo a cumprir. Logo no ano de 2000, teve a participação de atletas de equipas que ainda hoje competem nos circuitos nacionais de trail, tais como o próprio Montanha Clube, CRP Ribafria, CA Barreira e Confraria Trotamontes.
Em 2013, a prova passou a designar-se LOUZANTRAIL, realizando-se sempre no mês de junho. Em 2019 a prova foi antecipada para janeiro, em virtude de recebermos em junho mais uma edição dos Campeonatos do Mundo de Trail e, em 2020, passou definitivamente para o mês de março. Com a integração dos seus percursos nos campeonatos nacionais de trail e de trail ultra e, a partir de 2019, com a entrada para o circuito internacional Golden Trail Series, o Louzantrail tornou-se incontornável a nível nacional e internacional.
Além da vertente desportiva e da tecnicidade dos trilhos, para o seu estatuto atual contribuiu também a envolvente natural das mais belas paisagens e icónicos locais da Serra da Lousã, tais como: o Mirante (com vista para a Vila); o Terreiro das Bruxas; as Grutas da N.ª Sr.ª da Piedade; o místico Castelo de Arouce – do século XI – e o ponto mais alto, o Trevim, com uma vista magnífica; a ainda, através dos inúmeros e inesquecíveis trilhos que a serra mágica guarda, a passagem pelas famosas Aldeias do Xisto, onde se destacam a do Talasnal, Casal Novo, Vaqueirinho, Candal, Cerdeira, Chiqueiro (com a sua fotogénica “varanda” para a vila); e tantos outros locais de pura beleza e muitas histórias.
Para alcançarem estes locais de rara beleza os atletas percorrem os mais emblemáticos trilhos da Serra da Lousã – Amazónia de Baixo, Trilho do Rochedo, Trilho da Raposa, Trilho do Javali, Trilho do Escorrega e Trilho da Cascata do Candal. Estes são exemplos que vão fazer com que os participantes nunca mais se esqueçam da Serra da Lousã.
O circuito Golden Trail World Series (GTWS) by Salomon tem como objetivo promover corredores profissionais de trail, como atletas da elite mundial que são, para mostrar e proteger a natureza e o ambiente inspiradores onde se divertem e competem, promovendo o seu contacto com os fãs, imprescindíveis ao desporto. Cada uma das seis corridas do circuito foi especificamente selecionada por critérios como o cenário, o desafio, a história e o ambiente que oferecem tanto aos atletas como ao público.
Depois do sucesso da primeira edição das GTWS 2018, a Salomon criou, em 2019, as Golden Trail National Series que passam por Espanha, França, Bélgica, Portugal, entre outros países, selecionando as provas mais emblemáticas e concentrando os seus melhores corredores nacionais.
A Montepio Meia Maratona de Cascais do passado dia 7 de novembro não foi uma meia maratona fácil. Tinha treino nas pernas? Sim, tinha. Tinha umas boas sapatilhas nos pés? Também. Até tinha um aparelho para medir a glucose no sangue (já explico o que é isto). Então o que faltou?
Quanto digo que não foi uma meia maratona fácil, talvez o facto de ter terminado a prova - como nunca antes havia feito - em apenas 1h26 signifique alguma coisa. É que demorar 1 hora e 26 minutos para percorrer pouco mais de 21 kms tem qualquer coisa de gratificante como tem de... de parecido a tirar uma unha encravada a sangue frio!
A minha marca anterior, obtida exatamente na mesma prova em 2020, tinha sido de 1h30. E até parece que 4 minutos a menos é pouca coisa, mas esse intervalo significa que tive que "comer" mais ou menos 1 minuto a cada 5kms, o que equivale a ter feito esta prova a um ritmo médio de cerca de 4'05/km, contra os 4'16/km da prova anterior. Para bom entendedor, meia unha encravada basta...
Contribuiram para este resultado 1) a ajuda dos treinos do Sérgio Santos - Ontrisports, ajustados a régua e esquadro, 2) as sapatilhas Saucony Endorphin Speed 2, que como o nome indica, foram feitas para "speed" (esqueçam lá não treinar as pernas e ir correr com estas meninas, pfffff!!!) e finalmente 3) a monitorização da glucose, feita com o sensor e a app Supersapiens.
1º Os treinos
Antes de mais nada, se querem obter resultados, trabalhem para eles! Não há volta a dar. Ninguém pode esperar correr maratonas em 3 horas, sem treinar adequadamente para isso. E treinar adequadamente para isso significa penar!!! Significa ajustar o estímulo às nossas necessidades e capacidades. Significa até colocar muitas vezes esse objetivo em causa e enfrentar essas dúvidas com todo o lactato e VO2 que nos é possível!!!
O plano delineado pelo Sérgio começou em outubro e estende-se até dia 20 de fevereiro, data em que a Maratona de Sevilha e eu vamos medir forças, não para ver quem vence, mas para eu próprio sentir que tudo está bem e que afinal de contas consigo fazer uma maratona abaixo das 3 horas, antes dos 50 anos de idade! (a margem de "cagança" são mais 2 anos hehehe!!!)
São treinos que envolvem tiradas calmas, longas, períodos de stress e outros de recuperação. E que são feitos de forma quase que religiosa, pois ou o corpo se adapta a conseguir passar 3 horas a correr abaixo de 4'15/km, ou então vou ter mais 2 anos para tentar o feito... e não sei se estou para isso... ;)
2º As sapatilhas
Depois das Triumph 19 e do considerável volume acumulado logo nas primeiras semanas - mais calmas - de treino, as Saucony Endorphin Speed 2 chegaram e revelaram-se! Revelaram-se porque logo no primeiro treino em que as utilizei, percebi que se calhar ainda não era atleta suficiente para elas. Para já foi um treino mais longo e rápido (por ser rápido, escolhi utilizá-las logo aqui), mas por outro, o formato das sapatilhas, como que "inclinado para a frente", adicionado à leveza e reatividade das mesmas, puxou-me pelos gémeos como há muito tempo eu não sentia! E no final foi caso para dizer que os gémeos não estavam preparados, como parte da minha estrutura física não estava preparada... e o resultado está em que o treino até pode ter corrido dentro dos parâmetros de ritmo/tempo, mas a recuperação pós-treino demorou mais do que o esperado. Gémeos feitos pedra, dificuldade em relaxar, algumas dores na zona oblíqua e glúteo médio... toda uma dose de feedback que me leva agora a guardar estas meninas para quando a corrida for mais curta, ou para quando o corpo estiver melhor preparado.
3º A glucose
Esta foi uma das revelações do ano para mim! Nas últimas semanas tenho usado um sensor e app da Supersapiens, um sistema que permite monitorizar os níveis de glucose no sangue e assim perceber quais os alimentos que mais podem influenciar (de forma positiva e negativa) os mesmos, tanto ao nível de treino/prova como de recuperação e até no sono.
Como todos sabem (se não sabem ficam a saber), grosso modo, o nosso corpo utiliza várias fontes de combustível. Mas para manter níveis de intensidade mais elevados, como eu fiz nesta prova, utiliza maioritariamente glucose, que é o combustível que permite ir ao limiar, fazer corridas mais intensas, etc. Portanto a melhor forma de saber se o corpo tem a quantidade necessária de energia para "alimentar" estas necessidades é medir a quantidade que o nosso corpo tem, o que só pode ser feito caso a caso e de forma individual.
Uma das chaves é perceber exatamente como é que o corpo reage a alimentos específicos e providenciar fontes de glucose consistentes, sem grandes variações como picos ou quebras.
Também é importante perceber como corre a exposição à glucose pré-prova (ou treino), para garantir que temos reservas suficientes para começar com o "depósito" cheio, sem adivinhar se estamos a fazer bem ou mal.
Finalmente também é possível (e tão importante) medir a glucose durante o exercício, o que quer dizer que consigo saber se estou a manter os níveis certos face ao esforço que estou a fazer, ou se necessito de meter mais "gasolina" (neste caso gel, ou outro tipo de combustível mais adequado à minha realidade).
O resultado foi que, depois de algumas tentativas e erros nos treinos anteriores, durante a prova consegui garantir que não só iniciei a mesma bem abastecido, como consegui evitar quebras que me levassem a baixar o ritmo desejado. O como é material para um artigo mais aprofundado e detalhado ;)
Conclusões
Infelizmente (ou felizmente) não há uma fórmula mágica que seja o segredo para uma boa corrida! Ou melhor, até há, mas não tem nada de magia. Tem de muita ciência, experimentação, tentativa e erro e trabalho árduo. Ainda fico algo pasmado como é que algumas pessoas sem preparação adequada se prestam a determinados níveis de esforço, não só em corridas de estrada, mas em trails... e exemplos não faltam! Nada contra usufruir e tentar conquistar objetivos. Eu sou o primeiro a dizer que não há um objetivo que não seja possível de alcançar! Mas há que prestar atenção ao que se faz, à preparação que se tem, com o prejuízo de podermos estar a colocar a nossa própria saúde (e vida!) em risco.
Façam sempre os possíveis por se munir das ferramentas e dos profissionais que vos ajudem a superar as dificuldades e a atingir as vossas conquistas, mas que seja sempre com saúde e na certeza de poder abrir um sorriso no dia seguinte para contar história e almejar novos objetivos!
A coleção Endorphin vai ajudá-lo a atingir as suas metas de quilometragem ou velocidade em corridas e treinos. Esta coleção oferece aos corredores a sensação de uma corrida com menos esforço, mais segura e eficiente em estrada.
As Endorphin Pro 2 são as mais poderosas da gama. São umas sapatilhas projetadas para ajudar a acelerar o ritmo de corrida nas competições mais exigentes, como maratonas e meias-maratonas. Com placa de fibra de carbono S-curve (exclusiva da Saucony) na sua sola intermédia, que proporciona transições potentes e eficazes, juntamente com o leve e flexível amortecimento PWRRUNPB e a tecnologia SPEEDROLL que fornecem um retorno incrível de energia.
Estas sapatilhas não foram projetadas para perseguir recordes pessoais. Foram projetadas para esmagá-los!
As premiadas Endorphin Speed, estão de volta e melhores que nunca. A placa de Nylon reativo no comprimento total proporciona transições rápidas e eficazes, combinada com a levíssima espuma elástica PWRRUN PB, e com tecnologia SPEEDROLL, que ajuda a tirar proveito de cada passo, impulsionando para a frente numa sensação de ritmo contínuo. E se está preocupado em destruí-las com tanto treino, a sola XT-900 é reforçada para otimizar a tração e durabilidade. As Speed 2 foram melhoradas no calcanhar, sendo ainda mais confortáveis, a malha é respirável e os atacadores antiderrapantes. Estas sapatilhas vão acompanhá-lo nas séries mais exigentes e nos quilómetros devoradores de longas corridas em treino ou competição.
As Endorphin Shift 2 são a definição de rendimento sem esforço. O segredo está na sua sola intermédia mais espessa que proporciona a sensação de impulso contínuo graças ao SPEEDROL, numa sapatilha mais macia. Esta versão foi atualizada no calcanhar com um contraforte em TPU, e tem malha mais respirável, proporcionando uma viagem mais segura e confortável. A sua plataforma estável e o seu design estrutural guiam suavemente a sua passada, pode contar com muitos quilómetros de bem-estar nos treinos diários e na recuperação entre os dias de velocidade.
E o melhor de tudo, é que se está tão preocupado com o meio ambiente, tanto quanto com o seu ritmo por quilómetro, esta coleção vai fazê-lo enamorar-se ainda mais. Mais de 90% dos têxteis são reciclados. Quer pise duro ou adicione muitos quilómetros, a pegada que deixar no planeta será menor.
Sobre a Saucony
A Saucony pertence à Wolverine World Wide, Inc. (NYSE: WWW), uma marca global de corrida que combina rendimento, inovação e design para criar calçado e roupa atraentes para as suas reconhecidas marcas Saucony e Saucony Originals. Fundada em 1898, a Saucony existe para empoderar o espírito humano, em cada etapa, em cada treino, em cada comunidade. A mensagem da marca, Run for Good, é um convite da Saucony para que as pessoas experimentem o poder de correr. As inovações premiadas da Saucony incluem PWRRUN ™ PB, PWRRUN + ™ e FORMFIT ™. Na Saucony, um bom dia é quando corremos. Um dia melhor é quando inspiramos outros a correr. Para obter mais informações, visite www.saucony.com.