Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Ex-Sedentário - José Guimarães

A motivação também se treina!

24.11.23

Alunos com mais atividade física apresentam desempenho escolar superior


José Guimarães

alunos_escola_exercicioatividadefisica_pexels-yan-

Recentes estudos reforçam a ligação positiva entre a prática regular de exercício físico e o desempenho escolar. Uma pesquisa realizada ao longo de cinco anos, envolvendo três mil alunos da Universidade Técnica de Lisboa, revelou que estudantes com boa aptidão cardio-respiratória alcançam melhores notas em disciplinas como Português, Matemática, Ciências e Inglês.

O diretor do Laboratório de Exercício e Saúde da Faculdade de Motricidade Humana, Luís Bettencourt Sardinha, destaca que além dos benefícios biológicos, como a redução do risco de pré-obesidade, o aumento da atividade física impacta positivamente na saúde psicológica dos alunos. Este estudo, realizado em parceria com o Ministério da Educação e Ciência e a autarquia de Oeiras, aponta para a importância da dimensão psicológica, frequentemente menos explorada.

Autoestima e outros ganhos

A pesquisa demonstra que o exercício não só promove o desenvolvimento cognitivo, gerando novos neurónios e interações neuronais, como também influencia indicadores psicológicos na adolescência. Aumentar a atividade física em aproximadamente 2 horas por semana resultou em melhorias significativas na autoestima, afetos positivos, competência, autonomia, relacionamentos e motivação.

Para combater comportamentos sedentários, o Programa Pessoa, co-financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, promoveu ações de formação para professores e produziu manuais. No entanto, Luís Sardinha destaca a necessidade de mudar a abordagem de comunicação com os jovens, destacando os benefícios tangíveis do exercício no dia-a-dia, como melhor sono, interação social mais confiante e desempenho acadêmico aprimorado.

Educação física e sono saudável

O estudo também destaca a importância do sono na saúde e desempenho dos alunos. Aqueles que dormem menos de 8 horas por noite têm maior risco de pré-obesidade ou obesidade. O tempo ideal de sono para adolescentes é superior a 9 horas, segundo Luís Sardinha. Alunos que atendem a essa recomendação apresentaram melhores notas em disciplinas como Matemática e Língua Portuguesa.

Diante desses resultados, destaca-se a relevância da Educação Física nas escolas, não apenas para o desenvolvimento físico, mas também para o bem-estar psicológico e o sucesso académico dos alunos.

Foto: Yan Krukau

08.11.23

Portugal precisa de corrida!


José Guimarães

pexels-towfiqu-barbhuiya-11716934.jpg

Photo by Towfiqu barbhuiya: https://www.pexels.com/photo/person-holding-a-bowl-of-food-with-spoon-11716934/
 
Foi divulgado o último estudo do Eurobarómetro (2022) sobre o desporto e a atividade física e os números falam por si... 
 
O último estudo do Eurobarómetro (2022) sobre o desporto e a atividade física faz-nos concluir que o desporto e atividade física em Portugal caminha no sentido errado: mais de metade da população de portuguesa (73%) afirma não praticar desporto ou exercício físico!
 
Dos 27 países da União Europeia analisados no estudo, com 26.580 entrevistas (1.006 em Portugal), Portugal tem a taxa mais alta da população que não se exercita, à frente de países como a Grécia (68%) e a Polónia (65%). Mais grave é se verificarmos que os portugueses que praticam desporto de uma forma regular, ou com alguma regularidade, são apenas 22% (a média europeia são 38%). No outro extremo está a Finlândia, que apesar de ter uma das populações mais envelhecidas, é o país em que se pratica mais exercício físico, com 71% dos entrevistados a admitirem fazerem exercício ou praticar desporto pelo menos uma vez por semana, mas também o Luxemburgo (63%) e os Países Baixos (60%).
 
Temos ainda de ter em conta que, se compararmos com o último estudo realizado em 2017, Portugal apresenta um aumento de 5% na população que não pratica qualquer atividade física, sendo mesmo o país com mais inatividade, correspondente a 73%, enquanto que a média europeia se fica nos 45%. 
 
Este é o primeiro Eurobarómetro dedicado ao Desporto e Atividade Física publicado desde 2017, data da última edição, com 49% dos europeus inquiridos a revelarem que mantêm algum tipo de atividade física ou desportiva.
 
De resto, como dados globais, a pesquisa mostra que 38% dos europeus se exercitam pelo menos uma vez por semana, 17% fazem-no menos frequentemente, e até 45% não o fazem de todo.
 
As taxas mais elevadas de atividade estão nos mais jovens, entre os 15 e os 24 anos, com mais de metade dos europeus nesta faixa etária, 54%, a fazê-lo com "alguma regularidade", baixando para 42% entre os 25 e os 39 anos e para 32% entre os 40 e os 54. A partir dos 55 anos, só 21% afirma exercitar-se com alguma regularidade.
 
O Eurobarómetro olhou ainda para o impacto da pandemia de covid-19, que em Portugal manteve 41% dos inquiridos fisicamente ativos mas com menos frequência, outro valor acima da média europeia, de 34%.
 
Só 22% se mantiveram "tão fisicamente ativos como antes", 19% pararam a atividade desportiva que mantinham e 7% aumentaram a prática.
 
Entre os vários motivos referidos pelos inquiridos para a falta de uma prática de atividade física mais regular, a falta de tempo, de motivação ou de interesse por desporto são os mais comuns. Em sentido inverso, a melhoria da saúde, o aumento da condição física e a sensação de relaxamento são os principais motivadores indicados, com a maioria a responder que prefere fazer exercício ao ar livre.
 
No que toca a apoiar a comunidade através do desporto e da atividade física, a esmaga maioria dos inquiridos portugueses respondeu que "nunca esteve envolvido em trabalho voluntário que apoia atividades desportivas, nem planeia fazê‐lo".
 
Em suma, todos estes números indicam que a maioria dos portugueses tem uma vida sedentária e não se preocupa com questões relacionadas com o desporto e na comunidade. Portugal precisa definitivamente de "correr" para uma vida mais saudável e equilibrada e o exercício físico faz parte dessa equação.
 
Fonte: Pro Runners | Autoria: Márcia Dores
08.11.23

7 dicas para correr na rua sem ficar doente


José Guimarães

pexels-burst-373984.jpg

Photo by Burst: https://www.pexels.com/photo/city-exercise-fun-girl-373984/

Já começaram a chegar aqueles dias frios em que não apetece nada ir treinar e preferimos ficar no quentinho da cama. Mas os treinos são para cumprir e o mais importante é mesmo não ficarmos doentes, pondo em causa todo o trabalho desenvolvido até então.
 
Para que possa treinar de forma confortável, com segurança e com mais energia, aqui ficam 7 dicas a seguir:
 
  1. Escolha a hora do dia em que esteja menos frio e com menos vento e chuva.

  2. Aqueça sempre antes de sair para a rua e inicie o seu treino em ritmo lento.

  3. O frio obriga à escolha correcta de equipamento e acessórios para se proteger e aquecer, nomeadamente onde mais sofre, as suas extremidades, como lábios (baton de cieiro), mãos (luvas), braços (manguitos), pés (meias e sapatilhas), cabeça e pescoço (gorro, boné e gola). Mas teste sempre e treine com esse equipamento para no dia da Corrida não ter surpresas indesejáveis.

  4. A parte superior do nosso corpo é mais difícil de acertar com a temperatura corporal, até porque começa a entrar outra variável que é a transpiração. Quando a temperatura é gélida, entra a técnica das camadas da cebola, ou seja, escolha roupa transpirável, vista uma primeira camada mais leve e depois outra que seja mais quente, mas fina e, um corta vento. À medida que vai correndo, vá-se despindo, se o corta-vento for daqueles que enrola e fica numa luva, perfeito, de seguida dispa a segunda camada e enrole à cintura. Nunca espere para ficar todo transpirado para se começar a despir.

  5. Com o frio previlegie os treinos longos de resistência em detrimento dos curtos, intensos e rápidos. Vai ver que terá menos lesões e o corpo agradece. Tem tempo para os treinos de séries quando as temperaturas subirem.

  6. Com mais frio vai consumir mais energia, por isso reforce a sua alimentação, antes e durante, principalmente em treinos longos. Leve consigo frutos secos, cubos de marmelada ou gel/barras energéticas. A hidratação continua a ser fundamental, por isso não a descure.

  7. Após o treino, alongue de imediato se estiver resguardado do frio, senão faça-o mais tarde. Dispa a roupa molhada e agasalhe-se, tome quanto antes o seu banho quente. Alimente-se até 20 minutos após a atividade física, para iniciar de imediato a recuperação para o próximo treino.

Fonte: Pro Runners | Autoria: João Viegas