A crença habitual é que o ritmo aeróbio (de longa duração, em que o consumo de oxigénio é a principal fonte de energia), sem exagero é a melhor forma de queimar gorduras. No entanto, esta não é uma verdade absoluta.
É verdade que a zona de consumo de gorduras se situa aproximadamente entre 50% a 70% do máximo de frequência cardíaca. Se treina a este nível de intensidade, que pode todavia considerar-se baixo, o corpo irá recorrer aos seus depósitos de gordura acumulada para gerar energia. Acima disso, o corpo pede hidratos de carbono, um combustível de maior qualidade, o necessário para suportar maior esforço, pelo que o lógico seria pensar que uma frequência cardíaca baixa servirá para perder peso.
No entanto, também é verdade que ao aumentar o ritmo e a pulsação se consomem mais calorias, outro modo muito eficaz para emagrecer.
O treino de baixa intensidade, não obstante, tem a vantagem de ganhar fôlego a custo das gorduras, mas há que ter em conta que o exercício de alta intensidade motivará o corpo a ser mais eficiente, aumentando o seu metabolismo e, a longo prazo, beneficiando de perda de peso.
Há estudos que demonstram que no treino por intervalos (em que correm em estágios de alta intensidade, intercalados com estágios de recuperação), o consumo de calorias mantém-se não só durante o treino como também durante o descanso posterior, o que é relevante para quem procura este objetivo concreto.
Não tens que tirar um curso superior para começar a correr de forma correcta. É tudo uma questão de começar com calma e de prestar atenção a tudo um pouco.
É muito comum ver em todos os planos de treino para principiantes a recomendação para caminhar rápido antes de começar a correr, evitando pistas e pisos irregulares. O ritmo deve permitir respirar com comodidade e, inclusive, que dê para conversar com quem te acompanhe nas corridas.
Uma vez superada a fase das caminhadas e chegado o momento de começar a correr, o corpo deve acostumar-se tanto aos novos movimentos como ao impacto. É normal que surjam algumas dores em regiões que não eram solicitadas. Como é óbvio, essas pequenas dores vão-se desvanecendo à medida que vais progredindo na corrida, ainda que surjam outras pequenas dores decorrentes do aumento do ritmo.
Costuma dizer-se que não há nada mais saudável do que correr. A progressão é rápida e, em pouco tempo, conseguem-se alcançar distâncias que nos primeiros dias pareciam inatingíveis. Mas tem cuidado para não ires mais além daquilo para que estás preparado. É perigoso, podes lesionar-te, estagnar ou até mesmo regredir.
Vigiar a frequência cardíaca é extremamente recomendável; podes adquirir um cardiofrequencímetro, ainda que possas fazê-lo directamente no pulso ou no pescoço, medindo a pulsação durante 10 segundos e multiplicando por 6. À medida que fores progredindo fisicamente, a pulsação passa a ser mais lenta; consequentemente, podes aumentar o ritmo de corrida à mesma pulsação com que antes corrias de forma mais lenta.
Nunca é tarde para dar o primeiro passo e depois sentir que os benefícios compensam!
Começa por afastar todos os motivos que te têm impedido de te manteres fisicamente activo: não praticar exercício há muito tempo ou não ter tempo... e compromete-te com a tua saúde e bem-estar:
Escolhe uma actividade ou desporto que te agrade: ao ar livre ou no ginásio, para praticar sozinho ou em grupo.
Começa pouco a pouco com actividade física de intensidade reduzida.
Aumenta progressivamente o tempo que dedicas à actividade física.
Regista os teus progressos e motiva-te!
Sê mais activo no dia-a-dia: anda mais a pé, sempre que possível, opta pelas escadas (sobretudo a subir) em vez do elevador.
Conquista amigos: a actividade física é mais motivadora e agradável com companhia.
Não desistas ao primeiro contratempo: a regularidade é essencial para colheres mais benefícios e para estes serem duradouros.
Nota: se tens alguma doença crónica consulta o teu médico antes de iniciares a prática de actividade física.