A importância de uma boa técnica de passada
Longe de mim há uns anos pensar em treinar como treino hoje. Já explico. Comecei a treinar há 1 mês, com o Ironman Cascais na cabeça, já que é o primeiro Ironman em Portugal e - claro - que eu tinha que aceitar este desafio.
Como em casa de ferreiro, espeto de pau, pedi ajuda ao Sérgio Santos da Ontrisports para me ajudar a planear os treinos e, principalmente, para me ajudar com alguns processos que sempre senti tere muito espaço para melhorar, nomeadamente a minha forma de correr, que nem sempre foi a mais eficaz do ponto de vista fisiológico, apesar de económica do ponto de vista biomecânico:
E uma das coisas em que começámos a trabalhar desde cedo foi na minha passada, sem me preocupar com ritmos, minutos por km, e outras coisas do ego.
Uma boa passada pode ajudar a reduzir o stress físico, lesões, melhorar a velocidade e resistência, bem como reduzir peso e gordura corporal. E também ajuda a cabeça. Em última análise, é o cérebro que ajuda a criar uma boa passada.
Enquanto alguns princípios básicos estão ligados a uma boa forma de corrida, a verdade é que não há um tipo de passada que resulte para todos nós, já que cada um de nós é um indivíduo com características muito próprias. Mas como regra para uma boa técnica de passada, estarão no bom caminho se evitarem aterrar com o calcanhar no chão, já que o resto vem como consequência disso: joelhos ligeiramente fletidos, corpo ligeiramente inclinado para a frente, cotovelos para trás, peito aberto e postura alta.
Também não surpreende que uma boa passada também corresponda a um bom nível de desenvolvimento aeróbico, o que significará que estarão a correr com menos esforço, utilizando principalmente gordura como fonte de energia.
A locomoção é um fator fundamental de todos os seres humanos e fazê-lo de forma eficaz pode ajudar a melhorar diferentes aspetos do nosso estado de saúde. As várias intensidades aplicadas no exercício podem afetar a nossa passada e influenciar o cérebro de diferentes formas, já que é este que controla todo o processo de contração e relaxamento muscular. Assim, a passada pode de certa forma refletir o nosso estado físico e até mental. As várias emoções por que passamos, podem influenciar a nossa passada e a forma de correr.
1. Aterragem com o pé debaixo da anca
2. A preparar para o vôo, com a extensão total da perna atrás
3. Reparem no calcanhar, quase a bater nas nádegas