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Ex-Sedentário - José Guimarães

A motivação também se treina!

Seg | 23.02.15

Barras energéticas para provas longas

José Guimarães
A sensação de quebra de energia que já pude experimentar durante algumas corridas mais longas podia simplesmente não ter acontecido se tivesse levado mais (ou melhores) barras energéticas. Por alguma razão, na última corrida (Trilhos dos Abutres) isso não aconteceu. Só tinha umas barras de cereais do LIDL, claramente ineficazes. Já vos disse que congelaram acima dos 900m de altitude? Felizmente, os abastecimentos estavam bem espaçados e guarnecidos, senão o caso poderia ter sido complicado, já que as condições da prova eram tudo menos amigas dos atletas. Um terreno difícil e temperaturas muito baixas levaram a um dispêndio de energia superior ao normal. Por essa razão, optei por ir mais (e melhor) abastecido para a próxima prova longa: o Ultra Trail do Piódão, dia 28 Março. Para tal, andei a rever mentalmente quais as barras energéticas que nestes últimos tempos mais gostei e mais fizeram sentido. Umas dessas barras foram uns fabulosos “flapjacks” de aveia, que encontrei numa loja de suplementos entretanto já extinta. Também andei a fazer um esforço por me lembrar das barras que não gostei, para não as colocar no carrinho de compras. Normalmente são as mais doces e mais artificiais, algumas pastosas e difíceis de engolir enquanto se corre. Ao contrário do que seria normal pensar, o gel energético não me tem ajudado nas provas mais longas. Nas curtas sim, como, por exemplo, nas meias maratonas ou nos triatlos. É que nas distâncias percorridas numa hora ou pouco mais (rápidas e mais explosivas), o corpo só gasta praticamente açúcar como forma de energia. Este pode ser facilmente fornecido através de gel energético (cuja composição é praticamente só açúcar), o qual, graças ao seu estado mais líquido é rapidamente absorvido pelo organismo. Mas nas provas cuja duração seja superior a 3 ou 4 horas (relembro que terminei os Abutres em 8 horas), o corpo necessita mais do que somente açúcar para se manter na corrida. A partir de determinado momento, o corpo “fecha-se” às coisas doces e necessita de alimentos “normais”, com sal, gordura e afins. Sabiam que a gordura também é uma fonte de energia essencial nas provas mais longas? E já repararam que algumas provas longas têm tomate ou sal disponível nos postos de abastecimento? Daí umas das minhas barras favoritas serem os tais “flapjacks” que referi há pouco. Na sua tabela nutricional, dos valores mais relevantes por cada 100gr, constam mais de 50gr de carbohidratos, com somente 17gr de açúcar, mais de 20gr de proteína, sódio, gordura... um bom “cocktail”, sem dúvida. Mas onde os encontrar? Para grande surpresa minha, encontrei a variedade mais simples destas barras (só com aveia) e outras variantes (com cobertura de chocolate, iogurte, etc.) à venda na Prozis. E encontrei não só “flapjacks”, como outras barras energéticas bem conhecidas noutros países, como as “Banana Bread” ou as famosas “Oat Snack". Deu algum trabalho para fazer a encomenda, porque queria experimentar a maior variedade possível de barras energéticas. Optei por encomendar 2 ou 3 de cada e assim tive com que me entreter na semana que passei a fazer ski e certamente nos próximos treinos mais longos. Depois disto vou escolher as mais eficazes, ou seja, as que não me causem distúrbios gástricos, que sejam o mais leves e pequenas possíveis e contenham as tabelas nutricionais mais atractivas para as desejadas "ultras". Nota importante: faço estas experiências durante os treinos, porque nunca se deve experimentar nutrição nova durante uma prova. Imaginem que a dita barra ou gel vos dá a volta à barriga durante uma corrida? Não deve ser nada agradável, principalmente quando ainda se tem pela frente muitas horas ou quilómetros para correr. Têm opções diferentes para as provas longas? Deixem as vossas sugestões aqui nos comentários.