Ter | 24.05.16
Caminhadas são "comprimido" contra várias doenças
José Guimarães
Não, apesar do que parece, não corro depressa. Corro bem (há uma diferença). Tirando raríssimas excepções, nunca fico nos 10 primeiros numa prova. E contam-se pelos dedos de uma mão, as vezes que subi a um pódio. Mas, mesmo assim, há quem tenha receio de experimentar juntar-se ao meu grupo de corrida, porque "isso é para os pro's", ou porque "ahhh, mas eu não corro, só caminho de vez em quando", são as razões (desculpas?) que ouço mais frequentemente. O que me deixa algo frustrado, já que o que eu pretendo não é que as pessoas corram, ou que corram muito. O que eu quero é que as pessoas descubram o prazer de fazer exercício físico de forma regular. Mesmo que seja só fazendo umas caminhadas regulares. Porque, antes de mais, para se correr bem é preciso treino adequado, por forma a reforçar o corpo, para que este não sofra com o impacto da corrida (e para que mais tarde não tenham que pagar caro com isso). Assim, mesmo que não corram, porque não começam por fazer umas boas caminhadas? Se são iniciados e estão a começar, vejam também o artigo "O programa andar-correr"</a> Está provado que caminhar 30 minutos por dia ajuda a prevenir inúmeras doenças relacionadas com o envelhecimento, desde a diabetes tipo 2, a certos tipos de cancro, passando por doenças do foro psiquiátrico como a depressão, defendeu um investigador britânico num evento chamado British Science Festival. Fazer caminhadas de, pelo menos, 30 minutos por dia, parece um exercício simples, mas que funciona de forma quase “milagrosa”, ajudando a prevenir o envelhecimento precoce e várias doenças, disse no encontro o médico James Brown, da School of Life and Health Sciences da Universidade de Aston (Reino Unido). Além de prevenir a diabetes tipo 2, certos tipos de cancro e problemas como a ansiedade ou a depressão, James Brown revela que este exercício diário ajuda a reduzir em 40% determinadas lesões, como as fraturas de anca. Segundo avança a imprensa britânica, o especialista defendeu ainda que as caminhadas diárias podem evitar a progressão da doença de Alzheimer e reforçar as funções cognitivas, além de reduzirem as dores provocadas pela artrite e de diminuirem em 23% o risco de morte.