Qui | 09.01.14
Devo ou não devo eliminar o glúten da minha alimentação?
José Guimarães
Até há bem pouco tempo atrás, a maior parte de nós não fazia a mínima ideia do que era isso do glúten. A não ser que sejam portadores de uma doença celíaca, o mais provável é que - tal como eu - já comam enormes quantidades de glúten há anos e não saibam. No entanto, fiquem a saber que praticar uma alimentação sem glúten está a ficar na moda e está no radar de muitas pessoas, incluindo desportistas. O glúten está no radar de muitas pessoas e, principalmente, nos atletas de resistência. O interesse sobre esta matéria aumenta quando vemos exemplos de atletas que aparentemente são capazes de grandes performances depois de se livrarem do glúten na sua alimentação. Mas nem todos eles são intolerantes ao glúten. Simplesmente adoptaram por uma alimentação sem glúten por causa da inflamação que ocorre quando este é metabolizado pelo corpo. Por essa razão, esta dieta também é conhecida como "a dieta anti-inflamatória". Treinar de forma adequada é um fator de stress positivo para os músculos (mesmo assim não se evitam inflamações), mas acrescentar desnecessariamente ao nosso regime outro elementos provocador de inflamações, logicamente que não fará bem nenhum ao nosso corpo. Quem corre, muito provavelmente já teve perturbações gastro-intestinais e uma alimentação livre de glúten pode bem ser a resposta para ambas as situações. A principal razão pela qual se chama de "dieta anti-inflamatória" reside no simples facto que obriga a eliminar uma série de alimentos processados, incluindo bolachas e biscoitos, pão, massas, cereais e a maior parte dos alimentos fritos e transformados. Regra geral, quando se segue corretamente um plano alimentar sem glúten acaba por se substituir estes alimentos por frutas, vegetais, proteínas magras e outros alimentos saudáveis, como iogurtes, manteigas de amêndoa e de outros frutos secos, hummus, quinoa, etc. A linha de pensamento está focada em ingerirmos alimentos mais limpos, naturais e, assim sendo, diminuir os processos inflamatórios. As duas coisas que imediatamente se começam a notar são uma diminuição do inchaço abdominal e dos "problemas de casa-de-banho". Também a desidratação se torna menos frequente. Para a maior parte das pessoas isto pode parecer mais uma dor de cabeça do que um elemento de treino. No entanto, será que não valia a pena terem uma dor de cabeça temporária, se esta melhorasse o vosso estado físico e, consequentemente, a vossa performance?