Este foi um fim de semana diferente. Foi um fim de semana de treinos, claro. Mas também de convívio. E de partilha. E de trabalho. Tive direito a tudo! Durante a semana convidaram-me para participar num evento. Um evento diferente: um duatlo no ginásio onde treino, que consistia em correr 10 km, seguidos de 20 km de bicicleta (indoor) e depois mais 5 km de corrida. Nem estava muito para aí virado, mas como era organizado pela Hand2Hand e pelas mãos experientes do António Nascimento e da Meire Cezário, resolvi dar uma vista de olhos na lista de inscritos (pelo sim, pelo não) e participar também. O resultado não foi bom... foi ótimo! Confesso que me custa muito (mesmo muito) sair de uma bicicleta (mesmo indoor) e recomeçar o processo de corrida. Aqueles 500m iniciais são terríveis, as pernas parecem dois troncos que teimam em continuar a rolar em círculos, em vez de se movimentarem decentemente e levar o corpo para a frente. Mas fez-se bem, os 5 km finais fizeram-se rápidos mesmo (sempre a ouvir a respiração do António atrás de mim). E fizeram-se novas amizades (é incrível os incontáveis amigos que a corrida já me trouxe), divertimo-nos imenso e ainda fizemos exercício físico de puxar o coração à boca! Estava feito o treino do dia. No domingo a conversa foi novamente de corridas. Acontecia em Lisboa o 55º GP Natal, organizado pela Associação de Atletismo de Lisboa. Novamente não estava para ir, mas no duatlo o meu amigo João Campos lá me convenceu a aparecer e foi o que fiz. E ainda bem. Pois se a corrida é sempre o pretexto, finda a mesma o que resta é o reencontro com os amigos, umas fotos e a despedidas, certos que o reencontro é mais que certo. E por falar em reencontro, ainda durante o fim de semana fiz a diferença entre alguns "mini-Seres" que, à sua maneira, fizeram em mim também a sua diferença. A quem quiser depois explicarei. Nem foi bem um reencontro, verdadeiramente falando, porque nunca tinha estado antes nesta associação. Mas chamei-lhe assim porque, de certa forma, reencontrei algo que é tantas vezes (e tão facilmente) esquecido por nós. Não por mal. Talvez porque o dia-a-dia nos faça esquecê-las. Mas quero deixar escrito que é muito importante e igualmente saboroso relembrarmo-nos sempre das coisas realmente importantes desta vida e não deixar que as outras (as falsamente importantes) tomem o seu lugar, com prejuízo para o equilíbrio natural das coisas. Seja a correr, a caminhar, ou tão simplesmente a fazer companhia e a ajudar o próximo, procurem sempre ouvir aquilo que a criança que há dentro de vós tem para vos dizer. Lembrem-se que ela, apesar da inocência, possui uma grande sabedoria sobre aquilo que realmente necessitamos. E sigam os vossos passos nessa direção. Estou certo que não se irão arrepender. Foi o que eu fiz. E assim a semana que para mim irá ditar 2013 começa com outra perspectiva.