Seg | 17.12.12
Nem só de corridas se faz um fim de semana
José Guimarães
Este foi um fim de semana diferente. Foi um fim de semana de treinos, claro. Mas também de convívio. E de partilha. E de trabalho. Tive direito a tudo! Durante a semana convidaram-me para participar num evento. Um evento diferente: um duatlo no ginásio onde treino, que consistia em correr 10 km, seguidos de 20 km de bicicleta (indoor) e depois mais 5 km de corrida. Nem estava muito para aí virado, mas como era organizado pela Hand2Hand e pelas mãos experientes do António Nascimento e da Meire Cezário, resolvi dar uma vista de olhos na lista de inscritos (pelo sim, pelo não) e participar também. O resultado não foi bom... foi ótimo! Confesso que me custa muito (mesmo muito) sair de uma bicicleta (mesmo indoor) e recomeçar o processo de corrida. Aqueles 500m iniciais são terríveis, as pernas parecem dois troncos que teimam em continuar a rolar em círculos, em vez de se movimentarem decentemente e levar o corpo para a frente. Mas fez-se bem, os 5 km finais fizeram-se rápidos mesmo (sempre a ouvir a respiração do António atrás de mim). E fizeram-se novas amizades (é incrível os incontáveis amigos que a corrida já me trouxe), divertimo-nos imenso e ainda fizemos exercício físico de puxar o coração à boca! Estava feito o treino do dia. No domingo a conversa foi novamente de corridas. Acontecia em Lisboa o 55º GP Natal, organizado pela Associação de Atletismo de Lisboa. Novamente não estava para ir, mas no duatlo o meu amigo João Campos lá me convenceu a aparecer e foi o que fiz. E ainda bem. Pois se a corrida é sempre o pretexto, finda a mesma o que resta é o reencontro com os amigos, umas fotos e a despedidas, certos que o reencontro é mais que certo. E por falar em reencontro, ainda durante o fim de semana fiz a diferença entre alguns "mini-Seres" que, à sua maneira, fizeram em mim também a sua diferença. A quem quiser depois explicarei. Nem foi bem um reencontro, verdadeiramente falando, porque nunca tinha estado antes nesta associação. Mas chamei-lhe assim porque, de certa forma, reencontrei algo que é tantas vezes (e tão facilmente) esquecido por nós. Não por mal. Talvez porque o dia-a-dia nos faça esquecê-las. Mas quero deixar escrito que é muito importante e igualmente saboroso relembrarmo-nos sempre das coisas realmente importantes desta vida e não deixar que as outras (as falsamente importantes) tomem o seu lugar, com prejuízo para o equilíbrio natural das coisas. Seja a correr, a caminhar, ou tão simplesmente a fazer companhia e a ajudar o próximo, procurem sempre ouvir aquilo que a criança que há dentro de vós tem para vos dizer. Lembrem-se que ela, apesar da inocência, possui uma grande sabedoria sobre aquilo que realmente necessitamos. E sigam os vossos passos nessa direção. Estou certo que não se irão arrepender. Foi o que eu fiz. E assim a semana que para mim irá ditar 2013 começa com outra perspectiva.