28.10.16
Obrigado Migalha
José Guimarães
Não foi só nas corridas que julguei que não irias ser mais do que um cão. Um animal de companhia. Subestimei-te até ao momento que te trouxemos para casa. Desde aquele dia em que te peguei ao colo e te senti, percebi que ias ser muito mais do que aquilo que pensava que ias ser. E foste bem mais do que isso. Ainda bem.
Foste um membro da nossa família. Soubeste ser quem mais dava e menos esperava em troca. Esperavas tão simplesmente a nossa companhia. O prazer de estar com quem se gosta. Simplesmente estar. E a certa altura ficámos todos dependentes de ti. De ti e desse teu Amor incondicional.
Não estávamos era preparados para que desaparecesses assim tão de repente. Nunca se está. Muito menos assim. Mas temos que aceitar as coisas como são. E apesar de tudo, o que nos ensinaste em tão pouco tempo vai certamente durar por toda a nossa vida. Porque são coisas grandes. Ensinamentos grandes. São grandes de tão simples e pequeninos e Migalhas que eles são.
Obrigado por teres entrado na nossa vida por um motivo. Obrigado por nos fazeres ver (no meu caso particular, uma vez mais) que tudo o resto é efémero e o que conta - afinal - é o que fica. E o que fica não se vê. O que fica, o essencial, sente-se a cada dia que abrimos os olhos e sabemos agradecer por tudo aquilo que temos.
Obrigado.