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Ex-Sedentário - José Guimarães

A motivação também se treina!

14.09.15

Os erros mais comuns dos principiantes de trail running


José Guimarães
Poderia dizer muita coisa sobre o que fazer e muitas mais sobre o que não fazer quando praticamos trail running. Mas, antes mesmo de sairmos para correr, há que meter na cabeça que existem coisas de base que não podemos simplesmente deixar de fazer, correndo o risco de, se não as adoptarmos, o mais provável é acabarmos por cometer erros graves.. Entre os muitos erros que podemos cometer quando corremos na montanha, os mais complicados são sempre aqueles que colocam em risco a nossa integridade física, ou a dos outros atletas. O caso mais óbvio e frequente é o do típico corredor que, sem conhecer as características muito próprias do mundo do trail running, o percurso que vai fazer, ou sequer as suas próprias capacidades (e limitações) físicas, se aventura na montanha, assim sem mais, nem menos. Se a isto somarmos a circunstância mais comum de não ir devidamente equipado e a meteorologia resolver marcar presença, reúne-se um arriscado cocktail que só pode correr mal. Além disso, como uma desgraça nunca vem só, ainda podemos acrescentar os casos de corredores que não avisam ninguém para onde vão correr, deixam o telemóvel em casa e ainda dispensam levar água e alimentos, com o pretexto de assim poderem correr mais leves. Nestas circunstâncias, qualquer problema sério que ocorra será mesmo muito complicado de resolver. Em muitas ocasiões, o que cria mais perigo no trail running é subestimarmos o meio onde praticamos esta atividade. Na maior parte das vezes isto acontece por puro desconhecimento, sendo a falta de experiência uma séria inimiga. É fundamental por isso adquirirmos formação como atletas de trail running e procurarmos uma evolução gradual. Para tal, procurem encontrar companheiros de corrida mais experientes e com melhor preparação física que a vossa e corram frequentemente com eles para aprenderem o máximo que puderem. De certeza que eles vão ficar satisfeitos com a vossa vontade de aprender, a vossa motivação e entusiasmo, próprios de quem está a começar a praticar uma nova atividade. Outra variável que normalmente também se subestima é ignorar as possíveis condições meteorológicas nos dias e local para onde vamos correr. Neste sentido, os meses de inverno e de verão costumam ser as épocas mais radicais para se correr na montanha. Se, por um lado, no inverno as temperaturas baixas aliadas à chuva podem criar um cenário muito difícil de enfrentar, por outro lado, com o calor do verão aparecem outras adversidades, como a desidratação, insolação, quebras de tensão ou, em casos mais extremos, a morte. Não ignorem nunca os agentes atmosféricos como a água, a temperatura, humidade e o vento, nem o facto de, na montanha, as condições que se fazem sentir num momento, podem mudar de uma hora para a outra. Fonte: Runner's Coach