Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Ex-Sedentário - José Guimarães

A motivação também se treina!

Seg | 16.12.13

Pilates para corredores

José Guimarães
Não se pode dizer que o Pilates seja propriamente um desporto em si. Tal como o Yoga, talvez seja mais justo dizer que o Pilates é uma forma de estar na vida que pretende criar harmonia e equilíbrio natural nesta estrutura que nos envolve, que nos protege e que - mais rapidamente ou mais lentamente - nos move: o nosso corpo! Vai para quase 3 anos desde que comecei a correr. E se ao início os meus treinos de corrida eram simplesmente isso, corrida, depressa comecei a perceber que faltava alguma coisa à equação. Principalmente depois de começar a correr nos pisos mais instáveis do trail running, comecei a notar que ou me doíam as costas, ou os abdominais, ou até mesmo os ombros! Como é possível doerem-me os ombros mais do que as pernas?! Claro está que, passado mais de 1 ano desde que comecei a fazer treino de reforço muscular no ginásio, pela mão do António Nascimento, que não só a corrida se tornou mais fácil, as subidas e descidas (e a areia) se tornaram mais "leves", como ainda adicionei duas disciplinas novas aos meus treinos: a bicicleta e a natação. Mas ainda há algum trabalho a fazer, principalmente ao nível do "core" (a região de cintura que envolve a zona abdominal e lombar), que ainda tem um longo caminho a percorrer, isto se eu não quiser desenvolver mais tarde lesões na coluna... e a minha lesão no pé (fasceíte plantar) também não veio ajudar em nada o processo, principalmente porque me impede de correr já há cerca de 2 meses. E aqui aparece o Pilates e a experiência atenta da professora Inês Moreira. Criado para melhorar a resistência física, a flexibilidade, a postura e a força do "core", o Pilates implica fazer movimentos controlados e focados que, quando bem feitos e bem acompanhados, criam diferentes níveis de dificuldade controlada. Tal como no Yoga, a respiração é muito importante, assim como o alinhamento do corpo e a fluidez natural dos movimentos. Uma das coisas que com esta primeira aula de Pilates eu já gostei é o nível de desafio que os exercícios conseguem atingir. De um ponto de vista do observador, os movimentos podem não parecer nada difíceis (alguns até aborrecidos), mas quando nos apercebemos da quantidade de factores que estão envolvidos em fazê-los corretamente, percebemos que requerem muito mais esforço e concentração do que alguma vez pensávamos! Desde os movimentos iniciais aos finais, todos sem exceção dependem da utilização do "core", ou como a malta do Pilates gosta de chamar, a "power house"! É encorajador sentir como a "casa das máquinas" (chamemos-lhe assim por agora) pode ser ativada e contribuir para fazermos melhor os movimentos, desde que tenhamos a concentração necessária nesses músculos e a consciência de como eles estão interligados ao resto do nosso corpo. Para começar notou-se a habitual curvatura na zona lombar, as costas encolhidas (postura tão típica dos corredores de trail running)... e assim sendo não há dúvida que ainda tenho muito trabalho pela frente. Mas também já percebi que se cumprir com rigor o que se pretende destas aulas, não só vou sair com uma postura mais correta, como talvez com mais 3 ou 4 cm de altura! Além de que espero que contribua para uma boa recuperação também da fasceíte plantar. Vai demorar algum tempo, mas estamos cá para ir medindo os resultados. Afinal de contas, não sou eu que digo que "a motivação também se treina!"? Ao trabalho!!!  

3 comentários

Comentar post