Claro que tinha que escrever este post. Tinha porque hoje é o último dia do ano. E 2012 foi bem recheado. Tanto que, quando me recordo de alguns acontecimentos do início do ano, parece que já aconteceram há tanto, mas tanto tempo... parece que não fazem parte de 2012, mas sim de algum ano de mil novecentos e qualquer coisa. Mas não. Foram acontecimentos que se passaram todos há menos de 1 ano. E antes que comece 2013, recordo aqui alguns desses momentos. 2012 foi, para mim, um ano cheio de desafios, uns superados, outros nem por isso. Somos seres humanos, logo estamos sujeitos às imperfeições do costume: ora acertamos, ora erramos. Ora conseguimos, ora temos que tentar vezes sem conta até "lá" chegar. Mas que tentemos sempre. Essa, a vontade de fazer, não pode falhar.
O trail running e as ultra-maratonas
2012 foi o ano em que experimentei e consagrei o trail running (e as ultra-maratonas) como um dos meus desportos de eleição. Depois de alcançados os primeiros objetivos de corrida (de estrada) em 2011 e de ter terminado esse ano a experimentar essa coisa de correr nas montanhas (no primeiro Trail da Serra D'Arga e depois nos Amigos da Montanha), comecei 2012 com o meu primeiro ultra-trail à séria (leia-se, 45 km com equipamento adequado): um saudoso Trilho dos Abutres (que virá fazer novamente as delícias dos praticantes desta modalidade já no dia 26 de Janeiro de 2013), prova onde conheci o Daniel Júnior, um amigo para sempre, que está a fazer crescer o trail running no Brasil. Depois 2012 foi também o ano de uma lesão no tendão de Aquiles, foi o ano dos treinos com a unida equipa RB Running, da atleta Rita Borralho, onde fiz algumas intemporais amizades. Foi o ano de Almourol e de Sesimbra (que corri sempre na companhia do amigo e grande "trailista" Luís Trindade). Foi o ano onde experimentei correr pela primeira vez à noite, no AX Trail e foi o ano onde também experimentei pela primeira vez um (mini) triatlo. Falando em experimentações, também experimentei organizar corridas pela primeira vez no Mega Free Trail Running: dois dias em que se reuniram muitos amantes do desporto ao ar livre, onde pudemos contribuir para tornar o dia-a-dia da Creacil um pouco melhor. Também experimentei o que é ficar a meio da minha primeira tentativa de correr 100 km, em São Mamede, objetivo que ficou adiado aos 60 km por causa de uma lesão mal curada num joelho. Provei por um lado esse "gosto amargo" da palavra desistir, mas também o apoio caloroso dos amigos e o poder comprovado da força de vontade e do companheirismo incondicional, pela conquista daquela marca de 3 dígitos pelo grande amigo Pedro Quina. Experimentei ainda (e gostei) a tão famosa Serra da Freita e corri do Alentejo a Lisboa, na I Ultra Maratona de Portugal ProRunner, na companhia do Ultraman António Nascimento, hoje o meu treinador. O ano ficou ainda marcado na minha memória (e nas pernas) pelos 166 km corridos em Espanha, no Última Frontera Trail, logo seguidos dos 85 km duríssimos do UTAX, na serra da Lousã. No final de 2012 assistiu-se também ao aparecimento da Associação de Trail Running de Portugal, organismo pelo qual há muito se aguardava e que irá certamente fazer com que a modalidade de trail running no nosso país tenha o crescimento e divulgação que tanto merece.
Antecipando 2013
E assim termino 2012 com alguma antecipação para o ano que vem. Antecipação sim, para correr. E correr mais (ou se não mais, pelo menos mais duro). Com as últimas provas de 2012, conquisto os pontos necessários para deixar este ano com uma pré-inscrição feita para o UTMB 2013. Se tiver sorte no sorteio de Janeiro, terei que planear bem o ano até ao dia 30 de Agosto. Caso não tenha sorte, adia-se este objetivo por 1 ano e coloca-se a fasquia noutro patamar. E como algumas pessoas já sabem, ando a pensar num Ironman. Sim, porque não? A participação no Lisboa International Triathlon em Maio já me acena com o desafio de cumprir planos de treinos exigentes, melhorar a natação, arranjar uma bicicleta para treinar... mas para já não vou pensar muito nisto. Esta noite vou comemorar. Vou agarrar no melhor de 2012 (do desporto e não só) e trazer tudo comigo para 2013, para aprender com as adversidades, aproveitar as oportunidades (ou criá-las) e tornar este novo ano num caminho cheio de desafios e de provas a superar. Caminho até onde? Nem eu sei. Mas sei que se um dia decidi deixar de ser Sedentário para ser Maratonista, tão cedo não vou parar. Bom início de ano para todos e não deixem de sonhar bem alto, colocar e perseguir sempre as vossas metas. Eu vou fazer o mesmo e assim nos vamos mantendo mutuamente inspirados! E obrigado por tudo.