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Ex-Sedentário - José Guimarães

A motivação também se treina!

Qui | 29.05.14

Treino inteligente vs. treino árduo

José Guimarães
Se quisermos atingir o nosso objetivo desportivo, temos que adequar o nosso treino ao mesmo. Todos os treinos e exercícios que fazemos têm que ter um motivo para serem feitos, ou estaremos só a desperdiçar tempo e energia. Por exemplo, se quisermos atingir um nível de velocidade nas corridas que nos permita correr 10 km em pouco mais de 30 minutos, temos que treinar nessa zona. Se pretendermos queimar gordura, temos que treinar noutra zona distinta. Qualquer coisa pelo meio será um desperdício, tendo em conta um ou outro objetivos. Devemos treinar forte quando precisamos, ou devemos treinar de forma mais calma e tranquila, se for esse o caso, mas sempre com um objetivo em mente. Devemos sempre saber o que queremos extrair do nosso exercício, antes de o fazermos. Há alguns tipos de exercícios que podemos fazer para melhorarmos a nossa forma física e performance:

1. Melhorar o VO2 máximo

Aqui vamos treinar para aumentar o volume de oxigénio que conseguimos utilizar durante uma corrida, por exemplo. Devemos procurar fazer exercícios curtos mas intensos, como subir rampas ou escadarias, durante um número de séries pré-estabelecido.

2. Treino de força

Aqui iremos trabalhar com o peso do corpo (ou com auxílio de outros pesos) e vamos transformar a nossa força em força funcional. Daí este tipo de treino também se chamar de treino funcional.

3. Treino aeróbico

Este tipo de treino consiste no tal treino de corrida do dia-a-dia, ou de bicicleta, ou de natação. É o treino em que repetimos a mesma ação durante um determinado período de tempo. É onde vamos construir a nossa base aeróbica.

4. Força máxima

Estre treino é também importante, pois é o tipo de treino que nos vai permitir trabalhar a força, aumentando o rácio força/peso corporal. É um treino essencial no caso de atletas de resistência.

5. Alterações constantes de movimento

Neste tipo de treino praticamos alterações constantes nos padrões de movimento, como no ténis, boxe, ou no trail running. Ao contrário da corrida de estrada, que é um movimento repetitivo, aqui temos que estar sempre a pensar no que estamos a fazer e a alterar constantemente o tipo de movimento. Este treino vai mesmo alterar o comportamento físico do cérebro e criar novas ligações cerebrais. Há estudos que indicam que este tipo de trabalho pode mesmo prevenir certos níveis de Alzheimer. Independentemente do que façamos é importante que saibamos o que queremos fazer, para então selecionar qual o melhor tipo de treino para atingirmos os nossos objetivos. Há muitos atletas que treinam porque treinam, sem saberem o que querem atingir. Há atletas de resistência que treinam demasiado forte em dias que deveriam ser mais calmos, dias em que deveriam manter as pulsações baixas e concentrar-se em treinos que consumam gordura como energia e, em vez disso, treinam demasiado forte, desgastando-se numa zona cinzenta onde só se cansam e não trabalham para um fim específico. O oposto também é uma realidade. Para vos ajudar a saber se o que estão a fazer é adequado ou não, mantenham um registo diário dos vossos treinos e alimentação, o que vos vai permitir começar a conhecer padrões próprios, os quais vos vão ajudar a perceber melhor o que estão a fazer e se tal é adequado ou não aos vossos objetivos. Sabem os objetivos que querem atingir? Sabem se treinam de forma adequada? Mantenham-se atentos a mais dicas. Fonte: Vega

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