04.12.16
Viva o exercício físico! Viva a azáfama! Viva o descanso.
José Guimarães
Talvez seja do trabalho, dos compromissos, ou dos meus 42 anos (a idade não perdoa), o que é certo é que cada vez mais sinto a necessidade de descansar do meu dia a dia semanal.
Ultimamente ao trabalho juntaram-se os estudos (o curso de Técnico de Exercício Físico que ainda demorará cerca de 1 ano a concluir) e, com os treinos rumo ao Ironman de Copenhaga e outros afazeres à mistura, sinto-me muito agradecido por poder ter pequenos escapes como o deste fim de semana, que permitem ao corpo e à mente terem o descanso que merecem.
Estes dias a passear por Dublin e arredores fizeram-me refletir sobre como uma simples e curta escapadela nos pode encher de tantas coisas boas… e ao mesmo tempo libertar de outras menos boas. Seja pelo simples passeio, por poder conhecer realidades, outras culturas, outras gastronomias ou pessoas diferentes, sair do nosso cantinho pode inclusive servir para darmos mais valor a coisas que tantas vezes nos passam despercebidas, ou que tomamos como garantidas.
Por tantas vezes convivermos com as pequenas rotinas do nosso quotidiano, torna-se muito útil para a nossa saúde mental conseguir perceber que, a diferença entre termos um dia calmo ou stressante passa, muitas vezes, por nós próprios adotarmos estratégias que permitam não sermos dominados pelo stress. Que, por vezes, basta simplesmente deitarmo-nos mais cedo, para acordarmos mais bem dispostos e com mais energia. Que, por vezes, basta sairmos mais cedo de casa, ou ir a pé em vez de ir de carro, para não esgotarmos a nossa paciência no trânsito logo de manhã, antes mesmo de começarmos a trabalhar. Ou que, quase sempre, sorrir e falar com delicadeza para as pessoas com quem nos cruzamos, nos carrega de energias tão boas e saudáveis, que seremos capazes de chegar a casa ao final do dia a sorrir e com uma sensação de dever cumprido. O dever de sermos mais humanos, mais civilizados, amigos e compreensíveis. Se cada um de nós praticar isto todos os dias na sua área de influência, de certeza que tudo (mesmo tudo) se tornará mais fácil para todos.
Posto isto e a poucas horas de regressar à rotina dos treinos, das idas para o curso, para as reuniões de trabalho e para a gestão da agenda diária, talvez o truque para que tudo funcione seja mesmo investirmos no que realmente nos deixa felizes e permitirmo-nos libertar de todas as coisas “cinzentas”, aquelas que nos tiram do sério, ou que nos atiram para fora de quem somos.
Deixemos de estar conformados com o que temos, porque isso nos deixa mais tristes. Comecemos - isso sim - a fazer aquilo que queremos, que realmente gostamos, porque só isso nos deixará felizes.
Se não for assim, não faz qualquer sentido.
Nota final: Isto não é para ser um post sobre corridas, nem tão pouco um post sobre viagens. É para ser um post motivacional. Para relembrar que de vez em quando é preciso pararmos um pouco e refletir se somos realmente felizes. Se estamos a fazer aquilo que realmente queremos e nos faz vibrar. Se assim for... é continuar em frente! ;)